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MEC | Governo nega acesso a dados das reuniões de Bolsonaro e pastores ligados a escândalo do MEC

Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nega acesso aos dados referentes aos encontros e reuniões do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, que estão sendo investigados pela Polícia Federal por envolvimento em denúncias de corrupção dentro do Ministerial da Educação.

quinta-feira 14 de abril de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: EVARISTO SÁ/AFP

Diante de uma solicitação baseada na Lei de Acesso à Informação (LAI), por parte do jornal O Globo, para se ter acesso aos dados e informações em torno dos encontros de Bolsonaro e dos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, ligados ao recente escândalo de desvios de verba e corrupção por dentro do Ministério da Educação, tais dados foram negados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A solicitação envolvia os registros dos encontros com os pastores, que aconteceram ao menos três vezes, segundo a agenda pública do presidente. Enquanto isso, tanto Gilmar, como Arilton estão sendo investigados pela Polícia Federal dado as recentes denúncias em cima do ministério e que culminaram na exoneração do ex-ministro Milton Ribeiro.

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A justificativa por parte do órgão do governo federal é que as informações são sigilosas e que poderiam comprometer a segurança do presidente Jair Bolsonaro (PL). O GSI também apontou que esses registros envolveriam expor dados como nome e data de entrada na Presidência da República nos encontros do Planalto.

Além dos dados dos encontros, também houve a negativa por parte do governo de se ter o acesso aos e-mails, cartas e documentos da Presidência recebidos ou enviados aos pastores entre janeiro de 2019 e 24 de março de 2022. A justificativa neste caso foi que não havia clareza na especificidade da informação requisitada, além da própria Secretaria-Geral da Presidência da República ter declarado que "existe risco de divulgação de informações pessoais sensíveis", caso não houver alguma análise mais restritiva de conteúdo dos documentos.

Trata-se de uma situação extremamente escandalosa, que escancara o governo tentando se desviar de tal escândalo, quando tal lógica de condução do ministério sempre foi e segue sendo um balcão de negócios através do comando de figuras extremamente reacionárias e direcionadas para contemplar os interesses dos empresários da educação.

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