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ATAQUE À APOSENTADORIA | Governo é derrotado em votação sobre reajuste das aposentadorias

quinta-feira 9 de julho de 2015 | 04:46

Nesta quarta-feira (9) o governo foi derrotado mais uma vez ao ser aprovada no senado a ampliação do benefício de reajuste do salário mínimo para todos os aposentados, inclusive os que ganham mais de um salário mínimo. Votação cínica da oposição de direita e “sumiço” da base governista apontam que veto de Dilma em um momento de baixíssima popularidade do governo tende a gerar ainda mais crises políticas para o governo.

A ampliação do prazo do mecanismo de reajuste do salário mínimo até 2019 foi inicialmente uma política do próprio governo do PT. Naquele momento (março), em declaração ao jornal Folha de S. Paulo, Dilma disse que a aprovação significava uma mostra de que os ajustes não se dariam em detrimento dos direitos dos trabalhadores.

Os ajustes fiscais tinham sido anunciados em acordo entre o governo, o ministro Joaquim Levy e a oposição de direita.

Após este primeiro acordo a oposição propôs que o reajuste do salário mínimo fosse estendido para todos os aposentados e pensionistas, inclusive que ganhassem mais do que o salário mínimo.

Esta proposta foi uma forma destes políticos corruptos dos partidos dos ricos (PSDB, PMDB etc), junto à central sindical pelega e traidora, Força Sindical, fazerem demagogia, se diferenciarem do governo, já que tinham, e seguem tendo, acordo no fundamental do ajuste fiscal e desviarem a atenção dos trabalhadores do fato de que estavam votando as MP’s da terceirização (aprovadas na Câmara em 22 de março).

A necessidade de se diferenciar quando defendem no fundamental os mesmos ataques aos trabalhadores (governo e oposição de direita) fez com que a votação da medida se estendesse e se transformasse em um grande tema de discussão da política nacional. No dia 24 de Junho o governo foi derrotado e a medida foi aprovada na Câmara e encaminhada para o Senado, onde foi aprovada hoje.

O governo diz que a implementação pode “quebrar o país” e é certo que irá vetar, o que tende a ser uma medida impopular. Por isso também, segundo o jornal Folha de S. Paulo, a votação no Senado hoje foi marcada pela divisão da base do governo e pela tentativa de vários senadores em não aparecer como parte desta medida. Renan Calheiros do PMDB (partido da base do governo) não aceitou as propostas de atrasar e encaminhou a votação que levou a derrota do governo.

Dilma pretende vetar apenas uma parte da MP. Para que fosse possível vetar apenas uma parte da medida, a que estende o reajuste a todos os aposentados e pensionistas, foi preciso que dividisse o texto principal da MP em duas partes: uma que diz que o texto vale para o salário mínimo e outra que inclui a parte da previdência.




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