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CRISE DA SAÚDE NO RJ | Governo do Rio empresta dinheiro da União e prefeituras, mas caos continua

Nesta semana, a cena de uma mulher em trabalho de parto numa calçada no RJ, se tornou mais um retrato dramático da crise social da saúde no estado, que vem negando o direito à maternidade digna e esta e a outras centenas de mulheres. O caos do governo de Pezão (PMDB) continua e deve seguir no próximo ano.

sábado 26 de dezembro de 2015 | 22:00

A saúde pública do Rio de Janeiro esta sendo extremamente afetada pela falta de dinheiro público. Isto está resultando na falta de materiais básicos para o funcionamento dos hospitais e não pagamento de salário para o seus funcionários. Frente a este problema, o governo do Rio de Janeiro resolveu emprestar dinheiro da União e também das prefeituras para conseguir dinheiro para aplicar na saúde pública carioca. Veja mais sobre a crise da saúde do estado neste artigo.

Longa fila de espera em posto de saúde na Baixada Fluminense.

A crise da saúde e não direito a maternidade

O caso mais emblemático desta crise, foi o de uma mulher que deu a luz na calçada (veja vídeo aqui) por conta de que não existia vaga para ela realizar o nascimento de sua filha no hospital estadual. Com a crise da saúde nos hospitais do estado, inúmeras mulheres estão se dirigindo aos hospitais municipais para entrarem em processo de parto e isso esta fazendo com que estes hospitais estejam superlotados e que não comporte todas as gestantes.

Imagem da mãe e da bebê, nascida no último dia 21 na calçada em frente ao Hospital da Mãe, na Baixada Fluminense.

Este é mais um triste retrato de uma crise social que afeta mais as mulheres pobres e negras das periferias no estado do Rio, furto do descaso e da precarização da saúde pública pelos governos de Pezão, Cabral ou Dilma, uma saúde sucateada, em pleno desmonte, tudo em benefício dos lucros de empresários e bancos por meio dos diversas formas de privatização.

Empréstimos

De acordo com a secretaria da saúde do Rio de Janeiro, os hospitais ‘’estão funcionando normalmente’’, porém os ‘’pacientes de baixa complexidade’’ foram orientados a serem atendidos nas unidades de pronto atendimento (UPAS). Hospitais em situação de calamidade como Alberto Schweitzer e o Getúlio Vargas conseguiram relativamente melhorar o seu atendimento, porém doentes menos graves estão procurando outras instituições. De fato, o que se vê é um verdadeiro "jogo de empurra" entre hospitais estaduais e municipais com os pacientes, um movimento no qual a população mais pobre é a mais prejudicada.

O empréstimo que o governo de Luiz Fernando Pezão recebeu emergencialmente da prefeitura, foi de 25 milhões dos 100 milhões e 45 milhões dos 135 prometido pelo Ministério da Saúde. O governo do Rio de Janeiro foi informado que foi intimado e recorrera da liminar que obriga o repasse em 24 horas do mínimo obrigatório de 12% da sua receita liquida anual do ano para a saúde.

A responsabilidade desta crise social que vive o Rio de Janeiro primeiramente é do governo do Rio de Janeiro que tem uma política privatista, que se da através das ditas organizações sociais (O.S´s) e também a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviço Hospitalares) nos hospitais universitários. Estas empresas estão preocupadas em apenas em enriquecer e pouco importando com a saúde da população.

A saída que os governos estaduais, mas também o governo federal de Dilma vem dando para a crise econômica é cortar verba da saúde dos trabalhadores e dos setores populares, enquanto não adotam nenhuma medida para retirar do lucro dos bancos. O governo de Pezão mostra que não pode dar uma saída mais profunda para a crise da saúde, pois este mesmo está ligado com estas mesmas empresas que lucram com os grandes bancos que estão batendo recorde de lucro. O exemplo de que o governo carioca não pode responder profundamente este caos é a saída que o Pezão propôs de pedir dinheiro emprestado para a União e prefeitura, fazendo com que a divida publica do Rio de Janeiro aumente.

Os trabalhadores e os demais setores populares da sociedade não podem pagar pela crise econômica que o Brasil esta vivendo. Em 2016, com aprofundamento da crise econômica no país a tendência é de que a crise da saúde se aprofunde afetando os trabalhadores com doenças como a Dengue, Zika vírus e entre outras doenças que se agravam no período de verão.

Com informações da Agência Estado.


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Mulher    Saúde    Política



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