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PROTESTOS NO IRÃ | Governo do Irã assume pela primeira vez que exército matou manifestantes durante protestos

Pela primeira vez, governo do Irã assume que exército assassinou manifestantes durante os protestos no país contra o aumento da gasolina. Anistia Internacional afirma que são pelo menos 208 mortos. Governo nega, ainda que não apresente provas contrárias.

terça-feira 3 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Os protestos no Irã, que tiveram como estopim o aumento da gasolina, duram semanas e, segundo órgãos não governamentais, somam 208 mortos pelas mãos da polícia e do exército iraniano. Pela primeira vez a televisão estatal iraniana reconheceu que a polícia e o exército atiraram e mataram manifestantes em várias cidades.

A confissão de que o Estado vem assassinando manifestantes contrários aos ataques do governo foi a primeira vez que as autoridades ofereceram qualquer tipo de explicação para a violência usada para reprimir e matar iranianos.

Protestos no Irã contra governo e ajustes dura quase 20 dias

Entretanto, a confissão, que ocorreu através de uma reportagem com um porta-voz, veio acompanhada de uma crítica aos canais internacionais da língua persa por suas reportagens sobre a crise, que começou em 15 de novembro. Como justificativa aos assassinatos, a TV afirmou que as mortes ocorrem pois "alguns manifestantes atacaram militares com armas de fogo ou facas, ou fizeram reféns em algumas áreas".

A Anistia Internacional disse na segunda-feira que acredita que pelo menos 208 pessoas foram assassinadas pelas forças repressivas do Estado iraniano. Autoridades iranianas contestaram as conclusões da Anistia, mas nada foi apresentado para contestar os número extraordinários.

A luta de classes avança em diversos pontos do mundo. Na América Latina, o exército chileno tem sido usado como arma para perseguir, prender e matar os chilenos que sustentam há semanas uma mobilização contra os ataques de Sebastian Piñera, atual presidente do país. Os chilenos, que iniciaram as mobilizações contra o aumento das passagens de transporte público, avançaram para questionar a estrutura do regime chileno, verdadeiras heranças da ditadura militar de Pinochet.

Repudiamos tamanha repressão contra o povo iraniano, e contra todos os trabalhadores e jovens que se erguem pelo mundo contra as medidas neoliberais de governos que querem fazer com que os trabalhadores de todo o mundo paguem pela crise capitalista.




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