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FECHAMENTOS DE ESCOLAS | Alckmin anuncia o fechamento de 94 escolas

terça-feira 27 de outubro de 2015 | 00:05

A Secretaria Estadual de Educação divulgou nesta segunda-feira, 26, que 94 escolas da rede serão "reorganizadas", ou seja, serão fechadas e terão de transferir seus alunos para outras unidades próximas. Dessas, 66 ficariam à disposição dos municípios para uso de Educação de Jovens e Adultos, Centro Educacional Unificado (CEU) ou creche.

A mudança, anunciada em setembro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), prevê um arranjo nas escolas para que tenham apenas um ciclo de ensino (anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do fundamental e ensino médio). Com isso, cerca de 340 mil alunos serão transferidos para outra unidade no próximo ano.

Pela manhã, Alckmin afirmou que 754 escolas passarão a ter ciclo único - hoje são 1,5 mil -, um aumento de 52%. Disse também que, com a reestruturação da rede, 1.197 salas serão fechadas.

A informação foi divulgada em meio a protestos quase diários de professores, pais e alunos, além de críticas do principal sindicato dos docentes no Estado, a Apeoesp, que estimava que 162 unidades seriam fechadas.

A medida foi tomada após diagnóstico da secretaria que teria identificado classes ociosas (sem turmas) em todo o Estado, sendo esse é um dos principais argumentos do governo estadual a favor da alteração. Setores que compõe a parte de oposição do sindicato (Apeoesp), no entanto, fizeram distintas denúncias desde o início do ano da superlotação de salas, que é uma realidade descrita por distintos professores e alunos todos os anos, e vai na contramão do argumento da secretaria.

Desde que a mudança foi divulgada, no entanto, os detalhes tem sido mantidos sob sigilo, o que desencadeou uma série de especulações e críticas de que a pasta pretendia apenas enxugar a rede por economia.

O governo pretende separar os ciclos e distribuí-los em cada unidade, unindo os alunos de uma determinada faixa. A junção se daria a uma distância de até 1,5 km entre a escola atual e a nova, mas muitos já contestam que pode estar sendo desrespeitada essa distância, o que prejudicaria os alunos.

Segundo Danilo Magrão, diretor de oposição da APEOESP, “agora com esse anuncio, que cada vez mais vai tornando verdade essa tragédia de Geraldo Alckmin fechar escolas, vamos intensificar a luta, partindo de que os estudantes tem dado emocionantes demonstrações de resistência e estão na vanguarda desse processo e de que, como diz o slogan, Alckmin não fechará nossas escolas”.




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