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SUPERLOTAÇÃO SALAS DE AULA | Governo de SP quer oficializar a superlotação das salas de aula

sexta-feira 15 de janeiro de 2016 | 00:00

O ano de 2016 mal começou e o governo de São Paulo já mostra disposição para continuar atacando e prejudicando a educação pública.

No último sábado (09) o governo de São Paulo por meio da Secretaria de Educação divulgou nova resolução que permite que as escolas ampliem o número de alunos por sala de aula em até 10%, aumentando a superlotação já tão conhecida por todos.

Desta maneira os anos iniciais do ensino fundamental passam a ter como média 33 alunos e os anos finais 38 alunos. Números extremamente prejudiciais ao processo de aprendizagem, principalmente nos anos iniciais, quando a fase é de adaptação e alfabetização, o que exige maior atenção individual por parte dos docentes.
Os números da superlotação pioram no ensino médio e nas salas de Ensino de Jovens e Adultos (EJA). A média de alunos passam para 44 e 49 alunos, respectivamente.

Segundo a secretaria de educação, que continua sem um secretario depois que Herman foi derrubado pela força da mobilização e das ocupações dos estudantes no final do ano, essa ampliação se dará apenas "quando a demanda, devidamente justificada, assim exigir".

Para os profissionais que trabalham na educação e para pais e alunos não é difícil perceber que a exceção para o governo é regra, já que todos os anos centenas de denuncias de superlotação das salas de aula tomam as redes e os jornais. No inicio de 2015 foram divulgadas listas de salas com até 90 alunos, conforme denunciou Marcio Barbio, professor da corrente Professores Pela Base e na época diretor da Apeoesp.

Em 2015 os professores de São Paulo foram protagonistas da maior greve da rede, com 3 meses de luta, os professores tiveram salários cortados e foram obrigados a jornadas de trabalho surreais para cumprir o plano de reposição imposto pelo governo, sem contar os professores que foram impedidos de repor. Já no final do ano uma forte "onda" derrubou a chamada reorganização, plano do governo para fechar 94 escolas e superlotar ainda mais as salas de aula. Foram as mais de 200 ocupações de escolas feitas pelos alunos do estado, que cobrimos na integra no Esquerda Diário.

As duas lutas tinham como uma das pautas principais o fim da superlotação das salas de aula.

Para barrar a "oficialização" da superlotação que essa resolução impõem é preciso organizar uma forte mobilização com alunos, pais e professores. Seguindo o exemplo dos alunos de São Paulo é preciso que as regiões se organizem em comandos eleitos nas bases para mostrar que o espírito de luta da educação de 2015 pode ganhar ainda mais força em 2016, com a aliança de professores e alunos.




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