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PRIVATIZANDO EM MEIO À PANDEMIA | Governo Bolsonaro anuncia maiores lucros a capitalistas em concessões de bens estatais

quinta-feira 30 de abril de 2020 | Edição do dia

O governo Bolsonaro declarou o aumento da margem de lucro de concessões a grandes empresas para atrair investimentos de até 100 bilhões em leilões. A TIR (Taxa Interna de Retorno) dos editais representa a margem de lucros de projetos que descontam investimentos, despesas, etc.

Essa mudança que atinge principalmente lucros nas áreas de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos mostra a real preocupação do governo mesmo no momento de pandemia do coronavírus, que é de oferecer ainda mais lucros para os capitalistas, enquanto o número de mortes já supera 5 mil e a demanda de investimentos e recursos na área da saúde só aumenta.

O cálculo é de que a taxa de lucro para essas grandes empresas vá de 9,2% a 10,2% e o plano de concessão da Infraestrutura chegue em até R$ 252 bilhões até 2022. Enquanto o governo entrega todo esse dinheiro para o setor privado, a ausência de testes massivos para o coronavírus vem ampliando o número de contágios e tornando a situação cada vez mais descontrolada e com número de mortes decolando. Para essas mortes, ao contrário dos lucros dos empresários, Bolsonaro diz "e daí?".

Nessa segunda mesmo o Ministro da Saúde do governo Bolsonaro anulou a compra de 15 mil respiradores produzidos na China. Essa foi apenas uma das outras tantas medidas que poderiam estar sendo efetivadas nesse momento para o combate ao COVID-19 se os lucros não estivessem acima das vidas.

Já são inúmeros os casos de superlotação dos hospitais por falta de leito, de aumento do contágio por falta de materiais de proteção, de falta de recursos básicos de sobrevivência gerado pelas demissões em massa e no país já são mais de 5 mil mortes em decorrência do coronavírus, sem contar a imensa subnotificação por falta de testes massivos. É necessário que esses lucros todos sejam revertidos diretamente para quem produz o funcionamento de todo o sistema que são os trabalhadores, só assim as vidas podem ser colocadas em primeiro lugar.




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