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ESTATAL | Governador Sartori quer vender o Banrisul

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, se reuniu com Temer nesta terça-feira (24) para avançar nas negociações da dívida do estado. Entre as medidas já aprovadas para pagar a dívida estão a extinção de fundações e demissão em massa de trabalhadores, já encaminhadas na aprovação do pacotasso no final do ano passado. Agora o governador colocou à disposição da União todo o setor de energia do estado (CEEE, CRM e SULGÁS), mas não contente, quer vender o Banrisul e a Corsan.

quinta-feira 26 de janeiro de 2017 | Edição do dia

As informações saíram no Valor Econômico como oriundas de “fontes oficiais”. Segundo o próprio jornal, a venda de um dos últimos bancos estatais que sobreviveram à onda de privatizações da década de 1990 “dependerá de o governador José Ivo Sartori vencer a resistência política para a venda do banco”. A justificativa principal do estado seria se livrar do déficit previdenciário que acumula R$ 14,1 bi e conseguir pagar o rombo de R$ 8 bilhões para a União que, segundo Eliseu Padilha em entrevista onde se esquiva para o Zero Hora, resolveria a dívida.

Não há que se suspeitar de uma medida como essa. Sartori, durante toda sua campanha prometeu uma série de coisas que acabou descumprindo, como por exemplo a defesa intransigente da Fundação Piratini, que teve sua extinção encaminhada pelo governo.

A consequência de venda do Banrisul seria passar um banco público para as mãos de bancos privados, acarretando não só a possível demissão de muitos trabalhadores do Banrisul, como a concentração ainda maior de ativos para determinados bancos, ampliando a já grande monopolização do sistema bancário por alguns poucos grupos. Dados relativos à setembro do ano passado mostram como 4 bancos no Brasil detêm 80% do mercado de crédito

Tais medidas vão aprofundar a crise pela qual vive o estado na verdade, ampliando a concentração de renda, vendendo serviços que deveriam ser públicos e colocando mais famílias nas ruas. Tudo isso em nome da dívida pública. Como nós viemos levantando nos últimos meses pelo Esquerda Diário, nas marchas de trabalhadores e de jovens, a dívida pública é um mecanismo de transferência de renda dos mais pobres para os ricos. Por isso a resolução da crise econômica passa, entre outras coisas, pelo não pagamento da dívida pública. Conheça mais aqui




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