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"JUSTIÇA" | Gilmar Mendes solta 3 executivos da General Electric: na ajuda aos EUA ele não é exceção

Não se trata de uma exceção de Gilmar Mendes. O judiciário mostra suas caras de forma escancarada: toda proteção ao imperialismo e seus agentes, atacar estatais e intervir nas eleições.

quarta-feira 8 de agosto de 2018 | Edição do dia

Executivos de uma das maiores multinacionais do mundo, a General Electric foram soltos hoje por Gilmar Mendes. Trata-se da 18a maior empresa do mundo, segundo o ranking da Forbes. Esse benefício, comum a tucanos, aos reis do ônibus não é algo que só Gilmar Mendes faz. Todo o judiciário blinda os empresários, sobretudo se forem estrangeiros e conduzem as investigações, denúncias, e julgamentos para atingir fins políticos determinados.

Ontem Gilmar já havia tomado medidas para proteger o filho do "rei do ônibus" Jacob Barata. Não se trata de uma exceção de Gilmar Mendes. O judiciário mostra suas caras de forma escancarada: toda proteção ao imperialismo e seus agentes, atacar estatais e intervir nas eleições.

O ministro Gilmar Mendes suspendeu hoje as prisões preventivas de três investigados na Operação Ressonância, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que investiga fraude nas licitações da área de saúde celebrados pelo Estado do Rio e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.

Impondo medidas alternativas, o ministro suspendeu as prisões de Daurio Speranzini Júnior, executivo da GE e ex-executivo da Philips, do empresário Miguel Iskin, da Oscar Iskin, e de seu sócio Gustavo Estellita.

Ontem, Gilmar também determinou a suspensão de uma ação penal do empresário Jacob Barata Filho. No caso em questão, Barata responde por tentar embarcar para Portugal, quando foi preso em flagrante, com R$ 50 mil em moeda estrangeira e sem declarar o valor à Receita Federal. Com a decisão de Gilmar, a audiência do "rei do ônibus", marcada para esta quarta-feira, também está suspensa.

Alvo da Lava Jato no Rio, Jacob Barata Filho é apontado como pagador de R$ 270 milhões em propinas ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral.

Gilmar Mendes não é exceção

Antigo aliado da turma da Globo, do MBL, de Bolsonaro, Gilmar Mendes virou motivo de chacota por misturar a defesa de seus amigos tucanos e empresários com críticas aos evidentes abusos autoritários da Lava Jato. Mas o comportamento dele no que tange aos tucanos e aos empresários, particularmente aqueles vinculados ao imperialismo não tem nada de atípico. É o modus operandi do judiciário brasileiro.

A Lava Jato foi conduzida de uma forma que deixou explicito dois recortes muito específicos: do arsenal de infinitas denúncias (verdadeiros ou falsas) escolheu lidar somente com o que tocava nas estatais e em negócios de novas tecnologias, e politicamente no que era conveniente primeiro para o impeachment e depois para intervir nas eleições, retirando o direito da população votar no candidato que lidera as pesquisas para garantir melhores condições a quem for continuar o golpismo e seus ataques superiores aos que o PT fazia.

Mesmo no recorte "Petrobras e PT" do que a Lava Jato resolveu investigar é notório como de todas diretorias da Petrobras uma nunca foi investigada: a de Exploração e Produção. Mas esta diretoria é mais rica, responsável por mais de 70% do faturamento da empresa e nela se concentram contratos com Shell, BP, Halliburton, etc. Estas nunca foram tocadas.

Tal como nunca se vai muito fundo no escândalo dos trens em São Paulo, ou agora frente a gigante yankee General Electric.

Isso é uma política do "partido judiciário". Escancarada. Escolhem quem atacar. Seus inimigos: propriedade estatal e o seu livre exercício nas eleições.

O Esquerda Diário defende incondicionalmente o direito da população votar em quem ela decidir, defendemos a liberdade de Lula, preso arbitrariamente, mesmo que não apoiemos nem chamariamos a votar em seu projeto de conciliação com os empresários, com o imperialismo, com o judiciário golpista.

O PT precisa ser superado pela esquerda, construindo uma força militante nos locais de trabalho e estudo. E isso só é possível em combate a todo golpismo, de toga, de telejornal, de pulpito parlamentar.

com informações da Agência Estado




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