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INTERVENÇÃO FEDERAL | Temer nomeia o militar General Luna para pesar o autoritarismo no Ministério da Defesa

Douglas SilvaProfessor de Sociologia

terça-feira 27 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Imagem: Estadão

O general Joaquim Silva e Luna foi anunciado nesta segunda-feira (26) como o novo ministro interino da Defesa. Desde a criação do Ministério da Defesa em 1999 durante o governo de FHC (PSDB), essa será a primeira vez que um militar assumirá a pasta.

Em quase 30 anos de redemocratização os militares retomam um certo protagonismo agora com a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, a efetivação nesta segunda-feira (26) da criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública e a nomeação de um militar para o Ministério da Defesa.

Leia também: Abaixo a Intervenção Federal, continuidade do golpe de Temer! Fora as tropas do Rio!

Silva e Luna assumiu a secretaria-geral ainda no governo Dilma Rousseff, convidado pelo então ministro Aldo Rebelo, e permaneceu quando o presidente Michel Temer assumiu após o golpe institucional. Agora – após 19 anos em que passou pelo ministério dez ministros civis – um general assumirá no lugar de Raul Jungmann, que passará a comandar o novo Ministério da Segurança Pública.

Temer que já possui velhas ligações com a área de segurança – recordando que foi secretário da área em SP nos anos 80 – tenta retomar a proximidade com essa “volta dos militares” em posições chaves em seu governo. Nos últimos dois anos, o emedebista participou de ao menos dez encontros com comandantes das Forças Armadas. Neste ano, essa aproximação se intensificou. Só nos dois primeiros meses de 2018, foram quatro reuniões oficiais, conforme consta de sua agenda pública divulgada pelo Palácio do Planalto. Na semana passada, pela primeira vez desde a redemocratização, um presidente visitou o Ministério da Defesa.

É preciso, mais do que nunca, nos opormos a Intervenção Federal no Rio de Janeiro – como continuidade do golpe – que vem dando cada vez mais poder político aos militares e fortalecendo o autoritarismo do regime contra os trabalhadores, a população pobre e os negros.




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