Os Garis da Comlurb no Rio não aceitaram a intransigência do Judiciário que persegue a categoria e que decretou a greve dos trabalhadores como ilegal. Realizaram ato na manhã desta segunda(28) e mantém a greve. Confira a cobertura no Esquerda Diário.
segunda-feira 28 de março de 2022 | Edição do dia
Os Garis do Rio haviam decretado greve na última quarta-feira, que se iniciaria na madrugada de domingo(27) para segunda(28). As demandas da categoria são múltiplas, a principal exigência é que a Prefeitura descongele seus salários, afetados corrosivamente pela inflação dos últimos anos. O Judiciário burguês se apressou em declarar ilegal a greve legítima da categoria.
Hoje na audiência de negociação com o Judiciário, a Prefeitura do Rio alterou sua proposta míseros 2,35% para 5%. Não atendendo minimamente as imensas perdas salariais e de poder aquisitivo desta categoria, que como tantas outras sofre com as enormes perdas pela inflação galopante sobre os alimentos e combustíveis.
Além disso, a proposta da Prefeitura não toca num assunto muito sentido pela categoria, que é a precarização e alteração dos planos de saúde realizado pela patronal da Comlurb. Estes planos foram alterados pela patronal sem nenhum aviso prévio, prejudicando milhares de trabalhadores. Um destes trabalhadores era Ionéia Pacheco Moreira, prejudicada pela troca, faleceu lutando contra a modificação dos planos de saúde.
A decretação da manutenção da greve aconteceu em meio a manifestação de Garis na porta de seu Sindicato, o Siemaco-Rio, exigindo que o sindicato acatasse e se posicionasse com a imensa maioria dos trabalhadores e seu pedido de greve.
O Esquerda Diário e a Juventude Faísca estiveram presentes neste ato pela manhã e também no ato que aconteceu a noite na Central do Brasil. Confira fotos e vídeos dos atos:
Garis da Comlurb, no Rio, reunidos na porta do sindicato da categoria neste momento em manifestação.
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— Esquerda Diário (@EsquerdaDiario) March 28, 2022
O Sindicato sempre se mostrou propenso a aceitar as medidas dos patrões e do Governo e foi pela demonstração de força da categoria que aceitou decretar esta greve. Os Garis precisam se inspirar em sua histórica e vitoriosa greve de 2014 com sua organização pela base que passou por cima do Sindicato patronal.
É de extrema importância que a esquerda, os Sindicatos, Centros Acadêmicos e Movimentos Sociais cerquem de apoio à luta dos garis contra os desmandos de Paes e a patronal da Comlurb.
Acompanhe pelo Esquerda Diário tudo sobre a luta dos Garis do Rio de Janeiro!
