Ontem (10), durante a paralisação dos servidores da Unicamp, funcionários e estudantes que estavam em frente à reitoria, tiraram fotos em apoio à greve das trabalhadoras terceirizadas das escolas de Campinas.
sexta-feira 11 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Enquanto ocorria a paralisação dos funcionários da Unicamp por reajuste salarial de 20% e pela revisão do retorno às aulas presenciais, em frente à Prefeitura de Campinas aconteceu um forte ato das trabalhadoras terceirizadas das escolas municipais. As trabalhadoras da limpeza estavam em seu segundo dia de greve após o atraso nos salários, vale alimentação, vale refeição e vale transporte por parte da empresa de terceirização Especialy. Além disso, segundo o contrato com a prefeitura, a empresa recebe um valor equivalente a R$ 3.511,30 por funcionário, o que não é revertido para as trabalhadoras.
Além das condições precárias, essas trabalhadoras relatam que o cotidiano do trabalho nas escolas é intenso e muitas vezes humilhante, cheio de pressões por parte das direções, coordenadores e superiores da empresa terceirizada, o que já se caracteriza como um dos efeitos da terceirização. A gestão de Dário também é responsável por essa situação, pois mantém as trabalhadoras sob esse regime precarizado, ao invés de efetivá-las pela prefeitura sem a necessidade de concurso público.
O apoio dos funcionários e estudantes da Unicamp é fundamental para uma batalha das trabalhadoras da limpeza da Especialy. A solidariedade entre os trabalhadores é um primeiro passo para romper com a divisão da nossa classe. O apoio de todos os trabalhadores da cidade é uma unidade necessária para barrar a precarização do trabalho que vem sendo aprofundada nos últimos anos como efeito da reforma trabalhista, fruto da crise capitalista e impulsionada pelo governo Bolsonaro e todo o regime golpista.
Veja as fotos de solidariedade:
