Depois de uma semana de greve, os trabalhadores da UNICAMP, reunidos em assembleia na sexta-feira de manhã, decidiram pelo fim da greve, que durou uma semana, por isonomia salarial dos funcionários das estaduais e contra os super-salários da alta cúpula da universidade.
sábado 29 de agosto de 2015 | 00:00
As discussões se deram em torno das posições defendidas pelas diferentes chapas que compõem a diretoria do sindicato, balanços sobre a semana de greve e como seguir a pauta da isonomia salarial com as estaduais. A assembleia contou com mais de 150 trabalhadores e ocorreu um dia antes do principal evento “vitrine” da reitoria e seu projeto de universidade, o UNICAMP de Portas Abertas (UPA).
A greve dos trabalhadores teve como pauta o atendimento imediato do processo de isonomia salarial com as estaduais paulistas. No ano de 2011, a reitoria da USP elevou os salários-base às carreiras dos servidores técnicos e quebrou a igualdade de salários que havia entre USP, UNICAMP e UNESP. Desde então, os trabalhadores da UNICAMP vêm em sucessivas mobilizações pela efetivação da isonomia. Depois da liberação dos salários que ultrapassam o teto constitucional o questionamento da alta cúpula que os recebe aumentou, ainda mais por serem eles quem decide os aumentos salariais dos funcionários.
Permanece a necessidade de luta pela efetivação das pautas dos trabalhadores, em conjunto com o questionamento de todos os privilégios envoltos nos super-salários. Essa é uma tarefa que cabe tanto a todos os trabalhadores que constroem a universidade, independentemente de serem concursados ou não, dos estudantes que também estão questionando os super-salários e de todos os interessados em colocar o conhecimento da universidade para os trabalhadores e para resolver as grandes questões sociais.
Foto: Sindicato dos Trabalhadores da UNICAMP
