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Funai destina míseros R$53 mil de R$10,8 milhões para o combate da epidemia nas comunidades indígenas

A Funai destinou dos cerca de 10,840 milhões de reais, da emenda constitucional 942, pouco mais de 53 mil somente após a denúncia que mostrava que há 15 dias atrás ela não havia investido qualquer centavo no combate à doença nessas comunidades.

segunda-feira 20 de abril de 2020 | Edição do dia

Segundo a PGR, a Funai (Fundação Nacional do Índio) também não tem empenhado adequadamente as verbas, uma vez que recebeu cerca de 10,840 milhões, da emenda constitucional 942, e aplicoupouco mais de 53 mil somente após a denúncia que mostrava que há 15 dias atrás ela não havia investido qualquer centavo no combate à doença nessas comunidades. O próprio relatório da PGR aponta que a falta de investimento não se trata de um problema financeiro.

A ministra Damares alves, do ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, aplicou, dos 45 milhões que tem em caixa, apenas 1 mil de verbas para a o combate ao coronavírus em comunidades tradicionais e indígenas.

Esta política de bruscamente acabar com os recursos financeiros estatais para a proteção da saúde dos povos indígenas em meio a epidemia é reflexo das intenções genocidas do governo Bolsonaro frente aos povos originários. Os indígenas são inimigos mortais dos latifundiários, apoiadores de primeira ordem de Bolsonaro; durante toda a história do Brasil, a elite do campo buscou invadir terras indígenas em busca de mais lucros, como o garimpo e a madeira.

No Brasil, o governo Bolsonaro aproveita o foco das atenções voltado aos efeitos devastadores da epidemia nos grandes centros urbanos, para avançar com os interesses do agronegócio e invadir o território de povos indígenas, através da grilagem, ameaça e assassinatos; ações combinadas agora com a falta de recursos federais para estes povos, justamente para debilitar sua temida capacidade de resistência, que durante séculos foi e continua sendo um entrave para o poderoso agronegócio brasileiro, e avançar no genocídio e invasão de territórios indígenas.

Os indígenas são um dos grupos mais vulneráveis frente à Bolsonaro, que sempre deixou claro seu racismo em diversas declarações, e no governo pratica seu reacionarismo com o crescente assassinato de lideranças indígenas e do campo e o desmatamento que cresce ainda mais com o governo Bolsonaro.

Contra a política genocida de Bolsonaro e Damares é necessário que toda a verba, equipamentos e profissionais da saúde necessários para proteger a vida dos povos indígenas, seja disponibilizado para os próprios indígenas e coordenado conjuntamente com suas organizações comunitárias os recursos, assim como também garantir sua condição a autodefesa diante da invasão de latifundiários.

Para não ser os trabalhadores e os mais pobres a pagarem por esta crise com suas vidas, é necessária a disponibilização de testes massivos, materiais de prevenção, ampliação de leitos e respiradores à toda a população, assim como proibir as demissões e garantir o pagamento de R$2.000,00 a cada trabalhador desempregado ou que não esteja recebendo para garantir sustento a todos. Tais medidas não são do interesse de Bolsonaro e sua laia de ministros reacionários que querem que a população seja bucha de canhão nessa crise para garantir o lucro dos grandes empresários.




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