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DORIA ELEITO GOVERNADOR | Frente à vitória de Dória em São Paulo, os trabalhadores precisam organizar sua força

Com 95,35% das urnas apuradas, o reacionário João Dória é eleito governador de São Paulo, com 51,73% contra 48,27% de Márcio França. É hora da classe trabalhadora paulista se organizar para lutar contra os golpistas e a extrema-direita!

domingo 28 de outubro de 2018 | Edição do dia

Depois de uma campanha que escancarou como ambos os candidatos se apoiavam no crescimento de Bolsonaro para ganhar votos e na disputado do legado de Geraldo Alckmin.

Um empresário que herdou seu patrimônio da ditadura militar, e fez aquela difícil promessa que qualquer tucano é incapaz de cumprir em SP de "completar o mandato de prefeito", transformando a prefeitura de São Paulo em uma gestão de marketing e a cidade em um leilão de vendas para a iniciativa privada, agora se prepara para estender essa política para o estado prometendo "privatizar tudo".

Doria foi trazido para o PSDB por Alckmin, que tinha naquele momento como vice-governador Marcio França. O voo de Doria era mais alto, quis passar por cima do próprio padrinho tucano, não conseguiu ocupar a vaga a candidato de presidente, mas frustrou os planos alckimistas de apoio à França em SP. Mesmo assim, os apoiadores de Alckmin não entraram na campanha de Doria para governador em SP, e Alberto Goldman e Saulo de Castro foram expulsos pelo diretório estadual logo após o primeiro turno, decisão não reconhecida pela executiva nacional, com direito a gritos de "traidor" de Alckmin para Doria, escancarando fissuras no tucanato. A vitória de Dória, se dá após a mais profunda crise do PSDB que deixou o partido em ruínas após os poucos mais de 4% de votos de Alckmin na eleição nacional.

O golpe institucional, as manipulações do judiciário nas eleições e os ataques a liberdades democrática, tendo como símbolo o pato amarelo e o patrocínio da FIESP, criou as condições necessárias para a proliferação do bolsonarismo no estado, da qual o tucano se aproveitou muito bem com seu BolsoDória.

Marcello Pablito, trabalhador do restaurante universitário da USP e ex-candidato a deputa estudual em São Paulo, declarou que: “O sentimento de ódio contra Doria, compartilhado por todos nós trabalhadores, em particular do funcionalismo público, deve ser canalizado em organização política nos locais de trabalho e estudo. Dória e Bolsonaro destilam todo o seu ódio contra a esquerda e os movimentos sociais, criminalizando movimentos como o MST, MTST e todos os lutadores, para poder aplicar todos os ataques dos capitalistas, privatizar todas nossas riquezas e escravizar os trabalhadores com reforma trabalhista, terceirização irrestrita e reforma da previdência. Frente a essa vitória de Dória e Bolsonaro, nós precisamos organizar a juventude e os trabalhadores pela base para derrotar Bolsonaro, o golpismo e as reformas, avançando para construção de uma alternativa de esquerda independente em SP contra Dória e o Bolsonarismo”.




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