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PENSÃO CORREIOS | Fraude de 1 bilhão no fundo de pensão dos correios, quem paga são os trabalhadores

quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou nesta quarta-feira (5) prejuízo superior a R$ 1 bilhão no Postalis, que é um instituto de privado de previdência complementar dos Correios. Segundo o tribunal, o prejuízo foi causado por investimentos fraudulentos, negligentes e em desacordo com a política interna de investimentos do fundo.

Em meio a toda luta nacional contra a Reforma da Previdência de Temer, o prejuízo de 1 bilhão no fundo de pensão privado foi a somatória de quatro investimentos fraudulentos desse tipo: R$ 454,5 milhões no Fundo de Investimento em Cotas Serengeti: R$ 425,5 milhões no Brasil Sovereign II; R$ 159,4 milhões no FIDC Trendbank; R$ 36,8 milhões na Compra de debêntures Galileo Administração de Recursos Educacionais.

"No fim das contas, quem assumirá efetivamente esses prejuízos são os quase 115 mil funcionários dos Correios, que deverão promover novos aportes mensais a seus planos de previdência", disse o relator do processo. Para funcionários, o total de desconto para cobrir o rombo vai variar de 1,48% a 6,08%. Para os aposentados, quase 17,92% - e também vale para pensões de viúvas e viúvos.

Contra a privatização e a reforma da previdência

O escândalo Postalis vêm à tona justamente no momento em que a luta contra a Reforma da Previdência ganha o cenário nacional. Não por coincidência um dos principais articuladores da Reforma por parte do governo Temer - o secretário da Previdência Social Marcelo Caetano – é também membro do Conselho de Administração de uma das maiores empresas de previdência privada do país, a BrasilPrev. Nesse momento o escândalo Postalis serve para reforçar ainda mais a necessidade dos trabalhadores se organizarem contra a privatização e todos os ataques contidos na Reforma da Previdência.




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