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ECONOMIA INTERNACIONAL | Forte queda da construção no Reino Unido após o Brexit

Em julho a construção teve seu maior retrocesso em sete anos, enquanto a manufatura também apresentou retrocesso. A economia britânica sofre com o resultado da votação de saída da UE.

quarta-feira 3 de agosto de 2016 | Edição do dia

A indústria britânica da construção civil sofreu em julho sua maior queda em sete anos, mostrou nesta terça-feira um informe do setor, esta é a mais recente evidência que sugere o risco de recessão econômica enfrentado pelo Reino Unido após a votação pelo Brexit em junho.

O índice do gestor de compras Markit/CIPS para a construção no Reino Unido caiu de 46,0 em junho para 45,9 em julho, a menor leitura desde junho de 2009 e longe da marca de 50 que separa o crescimento da contração.

Ainda que a cifra seja menor que os prognósticos obtidos em uma sonda da agência Reuters entre economistas, que apontava a uma leitura de 43,8, o informe do PMI, realizado após o referendo de 23 de junho, mostrou que o comercio do setor de construção freou e que a confiança está abalada.

Na segunda-feira houve um informe também negativo sobre o setor das manufaturas, contribuindo para o indício cada vez maior de que as empresas e a confiança do consumidor foram duramente golpeadas pela votação no Reino Unido para abandonar a União Europeia.

Em geral, houve pouco no informe do PMI sobre a construção civil, limitando as expectativas de que o Banco da Inglaterra cortará as taxas de juros na quinta, medida que levaria a um novo mínimo histórico e, possivelmente, reviva seu programa de compra de títulos.

As empresas de construção civil têm afirmado com frequência que a atual incerteza econômica afetou diretamente seus pedidos e contratações, disse Markit, que elaborou o informe do PMI. Os clientes das construtoras tem adotado uma posição de “esperar e ver” no que diz respeito a projetos ao invés de cancela-los de imediato ou reduzir suas dimensões, indicou o informe.

O levantamento feito com 170 empresas de construção civil apontou que as construtoras passaram a cortar o quadro de funcionários em um ritmo muito mais acentuado desde novembro de 2012, caindo, desta forma, este indicador de 52,5 para 49,3.

O setor de comercio, que representa quase um terço do total de novas contratações da construção civil, teve a maior contração desde dezembro de 2009.

Fonte: Agência Reuters




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