quarta-feira 23 de janeiro de 2019 | Edição do dia
Após a grande repercussão e a crise que aprofundou as ligações de Flávio Bolsonaro com as milícias cariocas, surpreende ver o hashtag #FlavioPresidente como os mais populares. Como se fosse num Brasil paralelo, mas um olhar mais atento vemos que o hashtag em questão é popular em lugares como a Malásia, Bielorússia e Ucrânia. Isto não representa um fortalecimento do Bolsonarismo no Sudeste Asiático nem na Europa Oriental mas a continuidade dos métodos que fizeram parte da política de fakenews da guerra hibrida importados diretamente do trumpismo.
O bolsonarismo decidiu ativar seus ‘bots’ do twitter ao redor do mundo para diminuir os efeitos negativos dos escândalos de Flávio Bolsonaro. Porém a medida não consegue conter a crise do bolsonarismo com só 23 dias de governo que além do caso Queiroz, são denunciados hoje vínculos entre Flávio Bolsonaro e as milícias do Rio de Janeiro investigadas pelo assassinato de Marielle Franco. #FlavioPresidente foi produzida artificialmente em oposição ao hashtag #FlavioBolsonaroNaCadeia.
Os bots são perfis falsos que controlados por empresas via computadores para favorecer os interesses dos seus clientes. Os ‘bots’ são programados para fortalecer perfis, hashtags, campanhas produtos etc. Uma analise feita no perfil de Jair Bolsonaro no Twitter demonstrou que 33% dos perfis dos seguidores de Bolsonaro são falsos, ou ‘bots’ controlados por computador.
Como já fizeram na campanha eleitoral assessorados pelo norteamericano trompista Steve Bannon, continuaremos vendo ao Bolsonarismo se utilizar de métodos artificiais e de desinformação para apoiar sua política conservadora e de ataque aos trabalhadores, mais ainda num cenário onde se aprofunda a deslegitimação do clã Bolsonaro.
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