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RACHADINHA DOS BOLSONARO | Flávio Bolsonaro desviou R$ 6 milhões em esquema de corrupção na Alerj, segundo o MP

Em documento detalhado, com mais de 50 páginas, o Ministério Público do Rio de Janeiro apontou que Flávio, sua esposa e mais 15 pessoas ligadas ao esquema teriam desviado R$ 6 milhões da Alerj por meio de “rachadinhas”. Além disso, a promotoria diz ser “incalculável” o valor de dinheiro em espécie movimentado por Queiroz para o pagamento de despesas de Flávio Bolsonaro e esposa.

terça-feira 17 de novembro de 2020 | Edição do dia

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Flávio Bolsonaro vem há dois anos sendo investigado pelo MP-RJ por desviar recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro mediante nomeação de “fantasmas” em cargos comissionados, os quais devolviam parte de seus salários para, em especial para Fabrício Queiroz, que é apontado como operador financeiro da quadrilha de Flávio Bolsonaro.

Miguel Ângelo Braga Grillo, conhecido como ‘Coronel Braga’, que era o chefe de gabinete do filho de Bolsonaro na Alerj, e hoje é chefe de gabinete de Flávio no Senado, recebendo um salário de R$ 22,9 mil, é apontado pela promotoria como um dos principais articuladores do esquema criminoso. Segundo a Promotoria. do montante total desviado, R$ 2.079.149,52 foram comprovadamente repassados para a conta de Queiroz e outros R$ 2.154.413,45 foram sacados na boca do caixa, em dinheiro vivo.

O MP também afirma que foram feitos depósitos em dinheiro vivo nas contas de Flávio Bolsonaro e da esposa, e que este dinheiro teria como origem os desvios praticados na Alerj. Investigam ainda lavagem de dinheiro através da loja Kopenhagem no Via Parque Shopping e da Sociedade Bolsotini Chocolates e Café, ambas pertencentes a Flávio Bolsonaro.

Mais uma vez é muito claro a impossibilidade de separar Bolsonaro da sua longa trajetória corrupta, agora mais marcada com a série de escândalos envolvendo sua família com desvios de dinheiro público e as milícias do Rio de Janeiro. De longe o bolsonarismo não conseguiu dar nenhum exemplo de combate à corrupção, mas também não cabe levantar qualquer confiança nas próprias instituições que investigam tais esquemas, pois, como o próprio exemplo desta investigação que apontou crimes de Flávio Bolsonaro, é um processo bastante lento e suavizado ao longo do tempo.

Crimes oriundos do envolvimento da extrema direita com as milícias, como a morte de Marielle Franco, por exemplo, nunca foram levados até o fim e ainda não sabemos que mandou matá-la e isso reafirma que o mesmo judiciário que foi um dos pilares do golpe institucional de 2016 é esse que não se importa com os direitos dos trabalhadores e mais pobres e por isso seguimos rechaçando esse regime podre do golpe e apostando em uma saída pela esquerda confiando somente da luta dos trabalhadores para transformar não só os jogadores como as regras do jogo de todo regime.




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