Quando a cidade de Contagem (MG) chega a 400 mortes por covid-19, conversamos com a professora e candidata a vereadora do MRT por filiação democrática pelo PSOL, Flavia Valle.
quinta-feira 22 de outubro de 2020 | Edição do dia
Quando chegamos ao absurdo número de 400 mortes em nossa cidade por covid-19, vemos nacionalmente a direita e a extrema-direita se chocando, colocando as vidas de trabalhadores, negros e pobres em risco, em nome da disputa pelo prestígio de quem consegue aparecer como o responsável pela disponibilização da vacina, disputando para qual monopólio capitalista vão os lucros. São facções da classe dominante. Tanto a ala bolsonarista quanto a dos governadores e prefeitos opositores ao governo estiveram com os capitalistas contra a resolução da crise sanitária, garantindo o lucro e nossas mortes.
Em Contagem, também vimos essas alas da classe dominante, com Alex de Freitas à frente, demonstrando todo o seu desprezo pela saúde pública, sem testes massivos para ninguém, sem contratações amplíssimas e sem segurança e estabilidade para as trabalhadoras da saúde, obrigando grupos de risco a seguir trabalhando; obrigou que os trabalhadores de Contagem seguissem se expondo nas fábricas, sobretudo os trabalhadores precários com contratos incertos; permitiu demissões massivas durante a pandemia, como se fosse impossível impedir por lei as demissões.
Bolsonaro, Zema, Kalil, Alex de Freitas: são todos responsáveis pelas mortes em Contagem, assim como o conjunto do regime político, como o judiciário em todas as suas esferas, que os sustentam, sustentam o coronelismo na nossa cidade.
Contra Bolsonaro e seus pequenos pupilos pulverizados em candidaturas minoritárias em Contagem, contra os políticos que contra os coronéis que querem garantir seu controle sobre a cidade à base da exploração de nosso trabalho, defendemos ampla divulgação das pesquisas e acesso gratuito e universal à vacina, e a todos os métodos de prevenção tratamento para todos que queiram.
