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NEPOTISMO NA PREFEITURA CARIOCA | Filho de Crivella recebe R$ 15 mil da prefeitura mesmo tendo sido afastado pelo STF

O nepotismo na prefeitura carioca com a nomeação do filho de Marcelo Crivella para a Secretaria da Casa Civil foi tão escandaloso que o STF se viu obrigado a afastá-lo nove dias após a nomeação para o cargo. Mesmo assim, ele recebeu na íntegra o salário do cargo, equivalente a R$ 15.187 brutos.

segunda-feira 17 de abril de 2017 | Edição do dia

Como já noticiamos aqui, o filho do prefeito Marcelo Crivella, do PRB, e que foi nomeado pelo pai como Secretario da Casa Civil tinha um currículo no mínimo duvidoso: tendo se formado em psicologia cristã, residia há muitos anos nos EUA - conhecendo quase nada do Rio de Janeiro - e atuava em palestras motivacionais e como administrador de empresa.

Questionado pela imprensa sobre a nomeação, o prefeito carioca mostrou que não dá a mínima para quem critique seu escancarado nepotismo, e disse: "Você precisa entender que ninguém conhece melhor meu filho e quem nomeia sou eu, você não precisa se preocupar com isso não."

Ainda que o prefeito queira que não "nos preocupemos" em como utiliza seu cargo para favorecer seus parentes, o escândalo obrigou o STF a afastar "Marcelinho" do cargo, por meio de liminar, nove dias após a nomeação. Impedido de continuar se beneficiando do cargo de prefeito de seu pai, isso não impediu que o filho aproveitasse sua passagem relâmpago no cargo para se beneficiar como pudesse: a coluna Radar On-Line da revista Veja denunciou que na folha de pagamento da prefeitura constava o pagamento integral do salário de Secretário da Casa Civil em nome do afastado: R$ 15.187, ou R$ 10.932,59 líquidos.

Questionada pelo jornal O Globo, a Secretaria da Casa Civil disse que foi solicitado o estorno do valor à prefeitura. A nota ainda defende o filho afastado do prefeito, afirmando que: "Marcelo Hodge Crivella sempre respeitou as decisões da Justiça e continua aguardando a decisão do STF a respeito da sua nomeação”.

Como sabemos, a prática do nepotismo é um prato típico do cardápio da política dos patrões, e sem dúvida não será uma liminar do STF que irá impedir que o prefeito da Universal (aliás, ele mesmo muito beneficiado pela Igreja e a emissora de televisão que são propriedades de seu tio, Edir Macedo) continue procurando todas as brechas para beneficiar sua família com o seu cargo.




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