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TERCEIRIZADAS SEM RECEBER | "Fico pedindo a Deus que a Light não corte a luz e o gás acabe", denúncia terceirizada da Agile Corp sem salário

O Esquerda Diário, ontem, publicou denúncias enviadas por terceirizados que trabalham para a empresa Agile Corp, em escolas da rede estadual. Desde então, recebemos mais denúncias, agora de contratos municipais da empresa, relatando situações desesperadoras de falta de salários e cestas básicas.

sexta-feira 21 de maio de 2021 | Edição do dia

Cozinheiras trabalhando em escolas em Barra do Piraí e Volta Redonda, com as quais a Agile Corp também tem contratos, enviaram ao Esquerda Diário denúncias que se somam às que já fizemos sobre atrasos de salários e precarização do trabalho pela empresa.

Além de não salários atrasados, a empresa há dez meses não entrega as cestas básicas dos trabalhadores. Isso se soma a um dissídio, também atrasado desde 2019.

Nosso salário quase sempre em atraso. Já estamos em desespero, pois as contas estão atrasadas e fico pedindo a Deus que a Light não corte a luz e que gás não acabe

A Agile Corp, antiga Masan, explora vários contratos de prestação de serviços tanto para o governo do Estado como para municípios cariocas. É beneficiária de vários contratos emergenciais, para os quais não é necessária licitação, como no município do Rio, onde recebeu R$ 36 milhões da gestão Paes para cuidar da limpeza em escolas da rede municipal. De vários lugares onde atua, chegam denúncias de atrasos, assim como ameaças de demissão.

Quando questionamos alguma informação, os representantes dizem que se não estamos satisfeitos que é pra pedimos pra sair, pois tem muita gente querendo entrar. Também quero meu emprego, pois tiro o sustento dele, mais eu também preciso do meu salário, minha cesta, e até da minha passagem, que tem mês que a firma demora a depositar, e tenho que pagar passagem do bolso, sendo que a passagem vem descontada no contracheque

Reafirmamos nosso apoio a todos os trabalhadores da Agile Corps e de todas as empresas terceirizadas que submetem seus funcionários, em grande parte mulheres negras, a condições absurdas de abuso e precarização. Ressaltamos, também, a responsabilidade dos governos municipais, em especial da gestão Eduardo Paes no município do Rio, e de Cláudio Castro no governo do Estado, em manter essa situação.

Batalhamos pela unidade de todos os trabalhadores terceirizados de todas as empresas que passam por cortes de salário, seja no município ou no Estado, junto aos efetivos, para lutar contra essa situação absurda criada pelas empresas, que se perpetua com total conivência do Estado!!

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