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Regime político festeja | Festa de Gilmar Mendes reúne Bolsonaro, ministros do STF, Aécio, PT e PCdoB

Apesar dos embates e jogos políticos, Bolsonaro e o STF sentam juntos para comemorar dez anos da atuação de Gilmar Mendes no STF, junto a Aécio Neves, Braga Netto e, mostrando os objetivos da política petista, deputados do PT e PCdoB.

sexta-feira 24 de junho de 2022 | Edição do dia

Imagem: Igo Estrela/ Metrópoles

Arthur Lira fez festa na residência oficial da Câmara, em Lago Sul, bairro nobre de Brasília, para comemorar os dez anos criminosos de atuação de Gilmar Mendes no STF, e que contou com convidados dos mais diversos: de presidente Bolsonaro, Aécio Neves, deputados da União e PSD, general Braga Netto e ministros do STF como Ricardo Lewandovski, André Mendonça e Kassio Nunes Marques, até deputados do PT e PCdoB como Odair Cunha, Reginaldo Lopes, Renildo Calheiros e Orlando Silva.

A retórica golpista levantada diversas vezes por Bolsonaro contra o judiciário não impede que os dois setores se unam para atacar os trabalhadores: o STF é um dos maiores sustentadores do projeto econômico do governo Bolsonaro, além de ter sido um dos articuladores do golpe de 2016 e da manipulação das eleições de 2018.

Apesar de brigarem no governo e seguirem o jogo político de enfrentamento e disputas, a direita e extrema direita asquerosas se juntam para comemorar seus privilégios e preparar mais ataques. Enquanto o povo passa fome e são obrigadas a encarar as filas do osso e do lixo, Bolsonaro e o STF fazem as suas demagogias mas sentam na mesma mesa para projetar a precarização cada vez maior da vida dos trabalhadores.

Por outro lado, enquanto o povo sofre as consequências dos ataques aprovados pelo judiciário, os partidos que querem se pintar como a salvação do povo fazem festa com os golpistas. O golpe levado adiante em 2016 pela direita e pelo judiciário, que aprofundou os ataques contra a classe trabalhadora como a reforma trabalhista e privatizações e que teve como filho ilegítimo o governo Bolsonaro, não abala mais o PT e o PCdoB, que hoje sentam sem revolta na mesma mesa que Bolsonaro.

Apesar dos ataques do governo Bolsonaro, que precarizou o trabalho, fortaleceu o agronegócio que assassinou Dom e Bruno, a bancada evangélica que ataca o direito ao aborto e as instituições policiais e os militares que assassinam trabalhadores negros todos os dias, a política que leva a frente Lula e o PT, bem como o PCdoB, ao lado do Alckmin e da direita golpista, não tem o menor interesse em revogar os ataques que prejudicam atualmente a vida dos trabalhadores. Fazendo festa com Bolsonaro, Gilmar Mendes, Aécio Neves e ministros do STF, o PT e PCdoB mostram que a sua política de conciliação de classes e alianças com a direita não tem como objetivo reverter as reformas, mas sim se tornar opção para a burguesia, como condição de que continuem os ataques, e suprimir cada vez mais a mobilização e o ódio da classe trabalhadora.




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