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Em ano marcado pela pandemia, o número de casos de feminicídio teve um aumento de 2%, com 1.338 casos registrados. Esses números alarmantes ainda são subnotificados pela falta de registro e o machismo do sistema judiciário. As regiões norte e centro-oeste foram as que tiveram maior alta no número de casos.

quarta-feira 9 de junho de 2021 | Edição do dia

Foto: Marcos Santos/ USP

No último ano, o Brasil registrou em torno de um caso de feminicídio a cada 6 horas. No total foram 1.338 casos registrados, o que representa um aumento de 2% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 1.314 casos.

Os estados da região Norte e Centro-Oeste foram os que tiveram maior alta, com 37% e 14% respectivamente. No Nordeste (3%) e no Sudeste (-3%) a variação foi menor, enquanto no Sul houve queda de 14%.

Esses dados foram levantados pela Folha de SP, a partir das secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal. Vale ressaltar que esses dados são subnotificados pela falta de registro e pelo machismo, já relatado em vários casos, do sistema judiciário, como por exemplo no caso da Mari Ferrer, em que esse machismo foi bem escancarado com a sentença de estrupo sem intenção ("estupro culposo).

O caso da Vitória, uma jovem de 22 anos, no dia 2 desse mês, foi um dos tantos casos diários de assassinato de uma mulher devido seu gênero. Enquanto milhares estão morrendo devido à Covid-19, o machismo é outra preocupação diária de todas as mulheres no Brasil, que vivem com medo de serem assediadas, estupradas e assassinadas.

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A realidade das mulheres no capitalismo é viver entre a desigualdade, com menores salários e condições precárias de trabalho, entre agressões e assédios diários, e o assassinato, seja pelas mãos de companheiros, ex-companheiros ou pelas mãos da policia, como no caso desta terça-feira, em que uma ação da policia resultou no assassinato de uma jovem gravida de 24 anos.

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