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8M -ABC PAULISTA | Falta de vagas nas creches: construamos uma voz anticapitalista para denunciar os ataques as mulheres trabalhadoras

Segundo a alteração na LDB (Lei de Diretrizes e Bases), o acesso a escola se torna de responsabilidade do estado para crianças a partir de 4 anos. Entretanto enquanto os capitalistas aplicam suas reformas que aumentam sua exploração, obrigando cada vez mais que se trabalhe mais recebendo menos, em empregos mais precários, e muito longe de onde moram os trabalhadores, estes mesmos impossibilitam que uma mãe possa passar 4 anos sem trabalhar, inclusive a licença maternidade é de 4 meses. Sendo assim o acesso à creche é totalmente necessário para a existência de milhares de famílias. Só em Santo André há um defict de quase 10 mil vagas para creches.

sexta-feira 16 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

A luta pelo direito às creches não significa que a responsabilidade sobre os cuidados com as crianças sejam exclusivas da mãe, pelo contrário. Nós do grupo de mulheres Pão e Rosas lutamos pelo fim do trabalho doméstico, a partir da construção de um plano de obras públicas que permita construir creches, lavanderias, restaurantes públicos financiado pelo imposto progressivo às grandes fortunas, permitindo libertar as mulheres do lar. O Estado deve se responsabilizar por estes problemas que são sociais e não individuais.

É como parte desta luta que lançamos uma grande campanha “Vagas nas creches para todos que precisam!” e demos início a entrevista de diversas mães trabalhadoras para dar voz a esta realidade:

Tamires Carvalho
Tamires Carvalho Tamires

Meu nome é Tamires, sou mãe de três filhos, um de 6 anos, outro tem 2 anos e a menor tem 8 meses. Meu filho mais velho eu fiz solicitação da vaga na creche quando ele tinha 6 meses. Só consegui a vaga ano passado para ele, com 5 anos de idade já. Agora quero colocar meus dois filhos na creche também, já solicitei a vaga faz 1 ano e ainda nada. Sou viúva e tenho 3 filhos, não consigo trabalhar por conta das crianças.

Adriana Gonçalves

Eu trabalho em São Paulo, e preciso de uma vaga para deixar minha filha tranquila na creche. Agora estou afastada do trabalho e consigo ficar com ela, mas quando voltar terei que pagar para alguém ficar com minha filha. Muita gente reclama que precisa trabalhar e não tem onde deixar os filhos.

Por fim, conversamos com Maíra Machado, professora da rede estadual e ex-candidata a vereadora em Santo André pelo MRT no PSOL em 2016: "Nós lutamos todos os dias contra o machismo e o capitalismo, fazemos campanhas para que a classe trabalhadora tome nas suas mãos esta luta, pois não podemos confiar no Estado que se baseia justamente na desigualdade de gênero, na opressão e na exploração do trabalho. Estamos nos preparando para mais um 8 de Março de paralisações e lutas! Queremos fazer esta voz das mulheres trabalhadoras tomar toda Santo André e que com a poderosa força que somos impor que todas as crianças tenham creches para estudar e todas as mães possam trabalhar e criar seus filhos. Por isso estamos trabalhando com um abaixo assinado e participaremos amanhã as 17 horas de uma reunião na UFABC junto a Defensoria Pública com o intuito de construir uma audiência pública para aumentar a força da nossa luta".




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