quarta-feira 30 de outubro de 2019 | Edição do dia
Foto: AFP
Em um evento com investidores na Arábia Saudita, Bolsonaro afirmou que potencializou as queimadas na Amazônia. Neste evento, no qual Bolsonaro tenta vender o Brasil à preço de banana, o presidente do Brasil tentou se contrapor às denúncias das queimadas ocorridas com a cumplicidade de seu governo que não coibiu as ações dos latifundiários na região amazônica, virando um grande escândalo de proporções internacionais. Veja abaixo o que disse Bolsonaro:
"Há poucas semanas o Brasil foi duramente atacado por um chefe de estado europeu sobre as questões da Amazônia. Problemas que acontecem anos após anos, que é da cultura por parte do povo nativo queimar e depois derrubar parte de sua propriedade para o plantio para sobrevivência. Mas foi potencializado por mim exatamente porque não me identifiquei com políticas anteriores adotadas no tocante à Amazônia. A Amazônia é nossa. A Amazônia é do Brasil"
Quer dizer, nem mesmo o argumento de que o incêndio teria sido culpa de ONGs estrangeiras apareceu. Ao contrário, há a indicação de que os incêndios teriam sido potencializados em sua gestão.
Isso não é difícil de crer, já que muito antes de ser eleito, Bolsonaro já fazia campanha em defesa do latifúndio, contra as demarcações de terras. Colocando Salles para o Ministério do Meio Ambiente, confirmou o que vemos hoje como resultado. Em menos de 1 anos de governo, já foram três as catástrofes ambientais de largas proporções: Brumadinho, Amazônia e o óleo que banha as praias do Nordeste.
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Todas estas tem como responsáveis grandes empresas capitalistas, e seus responsáveis seguem sem ser penalizados pelo governo de Bolsonaro. É neste sentido que podemos - com a concordância do presidente - dizer que Bolsonaro "potencializou" as queimadas, assim como todo o resto.
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