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QUILOMBO VERMELHO | Faísca convida: construir um Quilombo Vermelho contra o racismo e o capitalismo!

Um chamado da juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária para o lançamento do Quilombo Vermelho neste dia 18, em São Paulo.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

sexta-feira 17 de novembro de 2017 | Edição do dia

Dos blacks às tranças, dos turbantes aos batekoos, a juventude negra tem se levantado contra o racismo e reivindicado a identidade que há séculos o capitalismo busca expropriar dos negros e negras no Brasil. Desde junho de 2013, é essa juventude que sai às ruas contra a miséria da vida que lhes é imposta pelos ricos e poderosos, na qual até mesmo o transporte de qualidade se torna um privilégio para poucos. Também em todo o país, os estudantes secundaristas radicalizaram pelo direito à educação e tiveram na linha de frente jovens negros e negras combatendo a casta política podre, que fecha escolas e superlota salas de aula. Internacionalmente, é essa juventude que grita contra a violência policial nos EUA, afinal as vidas negras importam, e se torna exemplo de luta estudantil na África do Sul, enfrentando a terceirização.

Há muito, os anseios, desejos e aspirações dessa juventude não cabem na sociedade miserável capitalista e racista, que criminaliza, encarcera e assassina, ao mesmo tempo em que cerceia sua arte, persegue sua cultura e impede com que os negros e negras sejam de fato livres. Se o índice de desemprego na juventude é o mais alto, dentre a juventude negra, a mais afetada por todos os ataques dos golpistas, o futuro é cada dia mais uma nuvem nebulosa de precariedade. A Reforma Trabalhista destrói seu futuro, a PEC do Teto dos Gastos ataca suas universidades, sendo a UERJ, a primeira universidade a aprovar cotas étnico-raciais no Brasil, um símbolo do que a burguesia reserva à juventude negra. Precarização e privatização andam lado a lado, e hoje os grandes monopólios de educação, como a Kroton-Anhanguera, sugam seus salários pela sede de lucros dos empresários, ao mesmo tempo em que as tidas melhores universidades do país, que por muito tempo recusaram as cotas, seguem excluindo milhares todos os anos pelo filtro social e racial do vestibular.

Negros e negras, que sempre tiveram sua história negada, carregam consigo a força e as lições de séculos de resistência. A juventude, que tem sido ponta de lança de fenômenos que buscam dar uma saída à crise pelo mundo, deve tomar para si a construção de um Quilombo Vermelho, que carregue em seu DNA a primeira revolução negra da história, no Haiti, e que responda pela raiz todas as aspirações de uma vida que seja plena de fato e ponha fim ao racismo e ao capitalismo.

Venha participar do Lançamento do Quilombo Vermelho, às 13h, em São Paulo no próximo dia 18!




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