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Movimento Estudantil UFABC | Faísca chama voto nulo nas eleições de Reitoria da UFABC

Publicamos na integra a posição da Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária na UFABC sobre as eleições de Reitoria que se iniciam hoje (21) e vão até quarta-feira (23). Leia abaixo:

segunda-feira 21 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

🔥📢 POSIÇÃO DA FAÍSCA REVOLUCIONÁRIA para as ELEIÇÕES DA REITORIA NA UFABC:

VOTO NULO contra a estrutura de poder antidemocrática, por uma universidade à serviço da classe trabalhadora e da construção de uma nova sociedade

Nós da Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária que estudamos na UFABC elaboramos uma Carta de Contribuição ao debate de Projeto de Universidade como parte das discussões de fundo que percorrem o processo eleitoral da Reitoria. Em base a nossa defesa da autonomia universitária, da luta intransigente contra os cortes no orçamento e pela defesa da construção de um movimento estudantil combativo, pró operário e independente das reitorias, governos e patrões, chamamos os estudantes a votar nulo nessas eleições, como forma de expressar um crescente questionamento a esta estrutura de poder antidemocrática onde sequer o sufrágio universal é reconhecido, e a maioria da universidade - nós estudantes - é tratado como minoria nas decisões dos rumos da universidade.

Decidimos pelo chamado de voto nulo frente ao que representa a continuidade de um projeto de universidade petista pela Chapa 1 que tem a frente o atual reitor Dácio, que já compõem essa estrutura de poder desde 2014, e que foi co-responsável por toda violência transfobica seguida de demissão da funcionária trans que desencadeou a luta pelas contas trans, uma luta que se deu contra conselheiros bolsonaristas e a Reitoria e não com seu apoio como hoje ela distorce a história. Além das denúncias das demissões persecutórias de funcionários do RU em 2017 e as mudanças do fretado que pioraram não apenas o transporte estudantil - que é um aspecto fundamental da permanência - como também as condições de trabalho que apareceram com denuncias de jornadas de 12 a 14 horas de trabalho.

(Vídeo da Virgínia Guitzel, militante da Faísca e estudante de RI na UFABC na votação das Cotas Trans em 2018).

Esse projeto de universidade "público, gratuito e de qualidade" defendido pela atual gestão do DCE, a Correnteza, convive com a exclusão de milhões de jovens com o filtro racista do vestibular, a naturalização do trabalho precário com a terceirização, as crescentes parcerias entre o capital privado a educação pública com as Empresas Juniors e a produção do conhecimento à serviço para a manutenção dessa sociedade capitalista.

Também não chamamos os estudantes a votar na Chapa 2, uma vez que suas críticas a chapa 1 não ultrapassam esses limites para questionar o caráter de classe da universidade como ponto de apoio para questionar a sociedade de classes. Acaba buscando um discurso de inclusão e maior participação dos trabalhadores e dos estudantes, ainda de maneira consultiva, preservando a estrutura de poder que produz a separação entre os que dão vida a universidade e os que definem seu destino. A chapa 2 não representa uma ruptura radical com esse projeto de universidade da qual é preciso o movimento estudantil subverter.

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Sobre o chamado do DCE a votar na Chapa 1 entendemos que é coerente com toda a gestão que desde 2019 confluindo com o mesmo projeto de universidade petista, convidando membros da reitoria para os espaços de organização estudantil como o I Congresso dos Estudantes da UFABC ou as Assembleias Gerais, e que em suas cartas e contribuições ao debate eleitoral fazem questão de reafirmar suas perspectivas de manutenção desse caráter de classe da universidade. Apesar da dessa postura representar os limites da Correnteza como Oposição de Esquerda da UNE para enfrentar o burocratismo nas entidades estudantis e sua falta de independência das reitorias e governos, chamamos os demais estudantes, que frente a falta de eleições desde 2019 hoje compõem o DCE, mas não são parte do Movimento Correnteza, a reverem essa posição que enfraquece um movimento estudantil combativo e revolucionário na UFABC.

Chamamos os estudantes que concordam com nossas críticas as chapas e a estrutura de poder a votar nulo e a fazer uma experiência consciente com as chapas que se propõem a gerir a universidade e que uma vez arriscado os seus interesses, não pensarão duas vezes em descarregar os custos da crise nos trabalhadores e estudantes.




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