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CRISE NO RJ | Faculdade de Medicina da UERJ suspende atividades por atraso nas bolsas

sexta-feira 3 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

A Faculdade de Medicina da UERJ foi a última unidade a paralisar suas atividades, nesta sexta-feira. O motivo é o atraso do pagamento das bolsas dos estudantes, que recebem um valor de 400 reais para estudar e estagiar no Hospital universitário Pedro Ernesto. Desde novembro, o estado não paga estas bolsas, obrigando os estudantes pagar do próprio bolso para seguir nos seus estudos e nos estágios da Faculdade, que não havia parado até então. A UERJ decidiu nesta semana, pela quinta vez, suspender o início das aulas para dia 13 de fevereiro.

A suspensão das atividades foi anunciada hoje por Mario Fritsch, diretor da Unidade, que declarou que 45% dos estudantes desta unidade dependem das bolsas. Veja a declaração do professor no vídeo abaixo, publicado na página da Associação dos Docentes da UERJ:

Este ataque, desde o ano passado, está em consonância com os cortes em saúde administrados pelo governo Pezão desde o ano passado. O CREMERJ, Conselho Regional de Medicina, aponta que o Governo estadual aplica apenas 5% de seu orçamento nas UPAs e hospitais, sendo que a obrigação para esta área é de no mínimo 12%.

Para a educação, e em especial a UERJ, é a mesma coisa. Segundo a associação de professores da UERJ, a ASDUERJ, o cálculo do que o governo do estado deve à instituição chega aos 360 milhões. E a resposta que Pezão tem tentado dar é aumentar ainda mais os ataques contra os serviços públicos administrados pelo estado, como mostra seu acordo com Temer. Em primeiro lugar, querem privatizar a CEDAE, e em seguida, arrochar os servidores públicos dobrando a contribuição previdenciária e com um plano de servidores.

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Também é terrível para os serviços públicos que serão prestados aos trabalhadores e o povo pobre, que a proposta de Temer e Pezão seja congelar os gastos públicos durante 10 anos, uma espécie de PEC 241 (55) para o estado do Rio, para fazer os trabalhadores, a juventude e o povo pobre pagarem a conta da crise.

A partir do Esquerda Diário levantamos a necessidade de uma unidade de todos trabalhadores e estudantes em defesa dos serviços públicos, convocando todos à uma campanha em defesa da UERJ assim como contra a privatização da CEDAE para pagar a conta de bilionárias isenções fiscais assim como o pagamento da Dívida Pública que todo ano suga mais da metade do orçamento da União para alimentar os lucros dos bancos. Contra a privatização da CEDAE e o sucateamento da UERJ, pelo não pagamento da Dívida Pública para que este dinheiro seja gasto em saúde e educação que o povo precisa!

Leia também: CAMPANHA: A água e a CEDAE são do povo!




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