No dia 14 de setembro foi assinado pelo presidente a promoção do então Assessor executivo do metro, Eduardo Maggi.
sexta-feira 28 de setembro de 2018 | Edição do dia
Maggi foi acusado em março desse ano de assediar uma usuária fotografando suas partes íntimas por de baixo de sua saia. Na época o metrô de São Paulo se silenciou, tentando inclusive esconder a profissão de Maggi,como denunciamos no Esquerda Diário. Porém agora a companhia além de não punir de maneira alguma o assessor executivo, por ser membro do auto escalão do Metrô, ainda o promoveu, em setembro, a Gerente de Empreendimento da Linha 2 - Verde.
Segundo nota do sindicatos dos metroviários a empresa informa que o caso de Maggi foi arquivado.
O metrô de São Paulo se mostra conivente com os assédios que ocorrem dentro de suas dependências seja contra as usuárias, ou suas funcionárias concursadas e, principalmente, terceirizadas - como as funcionárias da limpeza e jovens cidadãs.
Enquanto usa de campanhas puramente publicitárias para dizer que assédio é crime e dizer as usuárias que “você não está sozinha” (um de seus slogans), instrui seus funcionários a desestimular que as usuárias prestem queixa contra assédio, dão como treinamento a esses uma conversa rápida de 10 minutos sobre como agir ao atender usuárias vítimas de assédio, e não dão nenhum respaldo a suas funcionárias que sofrem assédios cotidianamente.
Desde 2015, nós, cipistas da bancada dos trabalhadores do Movimento Nossa Classe, damos uma dura batalha pela subcomissão de saúde e proteção à mulher que seja um respaldo as usuárias e funcionárias da companhia, quer sejam efetivas ou terceirizadas, a levar à frente as denuncias de assédio que ocorrem dentro de suas dependências; e em todas as ocasiões o metrô, por meio de manobras, barrou a criação de tal subcomissão, demonstrando que está interessado apenas em silenciar os casos de assédio. Nos do movimento nossa classe - metroviários lançamos nossas candidaturas a CIPA do próximo ano tendo a batalha contra o machismo na categoria através da criação da subcomissão de saúde e proteção as mulheres como um dos pontos principais do nosso programa!
Reproduzimos abaixo nota da secretaria de mulheres do sindicato dos metroviários de São Paulo:
Caso Eduardo Maggi: exigimos explicações!
Durante a campanha salarial, o sindicato cobrou do Metrô explicações sobre a situação do funcionário de alto escalão Eduardo Maggi, denunciado por estar tirando fotos de uma usuária dentro das dependências do Metrô. O caso ficou notório, saiu na imprensa, mas não teve respostas oficiais do Metrô a época - além de que seria esperado os resultados das investigações.
Na terça-feira nos chegou ao conhecimento que Maggi foi nomeado como GERENTE interino da Cia - na Gerencia de empreendimento da Linha 2 Verde. Ao questionarmos o Metrô por meio de carta, nos foi respondido ontem que o processo contra o funcionário foi arquivado e, portanto, não haveria problema em sua permanência na Cia, bem como a indicação recebida.
O sindicato, por meio de sua Secretaria de Mulheres, compreende que o caso não está devidamente clarificado. Na época foi apontado no inquérito que Maggi teria tido tempo o suficiente para apagar as possíveis fotos tiradas de seu celular antes que este fosse apreendido.
E, apesar da decisão da justiça de arquivar o processo, não podemos tolerar casos de assédio sexual, muito menos vindos de funcionários de cargo de comando!
Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Metroviarios de SP
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