Laércio de Moura, ex big Brother Brasil 16, foi preso nesta segunda, 16 de maio, por acusações de estupro e fornecimento de bebidas alcoólicas a adolescentes. Durante o programa, o ex-BBB afirmou que gostava de se relacionar com meninas mais novas.
terça-feira 17 de maio de 2016 | Edição do dia
"Só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20", disse Moura em 21 de janeiro deste ano durante conversa com a ex-BBB Ana Paula Renault, deu início à investigação. Foram divulgados os prints das conversas que levaram à prisão do ex-BBB. Pelo chat do facebook, ele fala com uma adolescente de 13 anos, com quem manteve relações sexuais por cinco anos.
A promotora Tarcila Santos Teixeira, afirmou que ambos se conheceram há cinco anos, em uma festa, num local público em Curitiba. Naquele momento, eles trocaram contatos e iniciaram um relacionamento. “O consentimento é irrelevante, a lei diz que praticar qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos é crime. Há uma presunção de violência e ela é absoluta. Não importa qualquer comportamento da menina, uma vez que ela tinha menos de 14 anos, e ele um homem de 40 e tantos anos, na época”, finalizou.
Em outras postagens antigas no Facebook, Laércio se classifica como "efebófilo", aquele que sente atração por adolescentes. O ex-BBB também curtia páginas como a de Valentina do "MasterChef Júnior", que aos 12 anos foi vítima de comentários pedófilos na estreia do reality da Band, além de compartilhar muitas publicações de conteúdo sexual, como a foto de uma adolescente usando sutiã. Laércio prestou depoimento e apenas negou o fato, sem entrar em mais detalhes.
Tiago Leifert, apresentador da Globo, mesmo não restando dúvidas da degeneração de Laercio, em uma defesa insana twitta: “Soube que prenderam um ex-BBB. O trabalho é da polícia e MP, não de justiceiros de rede social. Não é no twitter que se melhora a sociedade”.
Esta lama, no entanto, vem a tona no contexto em que as mulheres se colocam na linha de frente das lutas em curso no país contra a máfia da merenda nas escolas e a repressão por lutar, contra os cortes nas universidade públicas que ocorreram ainda no governo do PT, contra o golpe institucional, por educação pública de qualidade. E elas também saem às ruas contra golpista Temer, cujo ministério não possui nenhuma mulher, pois o modelo preconizado de mulher deve ser o da “Bela, recatada e do lar”, veiculado pela revista Veja e amplamente denunciado nas redes sociais há algumas semanas, ecoando as vozes no país contra o machismo e suas diversas formas de expressão nesta sociedade. Machismo este que reforça a impunidade e a violência contra à mulher, onde o Brasil ainda é o quinto colocado no ranking dos países com maior número de assassinato de mulheres.
Abaixo alguns dos prints do ex-BBB.