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CHACINA NO PARÁ | Evidências mostram que não houve "confronto", mas sim execução de sem-terras em Pau D’Arco

Características de execução foram apontadas pela investigação da perícia na chacina policial contra dez sem-terras em Pau D’Arco, no Pará: dois tiros à queima-roupa no coração mataram Hércules Santos de Oliveira. Testemunhos confirmam a chacina.

segunda-feira 29 de maio de 2017 | Edição do dia

A versão policial completamente absurda de que a chacina em Pau D’Arco teria sido um "confronto" entre os camponeses que ocupavam a fazenda Santa Lúcia é desmentida pelos fatos a cada dia. Além de não haver um policial com um arranhão, o primeiro testemunho depôs contra a polícia afirmando que após tortura e execução os policiais comemoraram.

Outro testemunho de sobrevivente também relatou a ação policial, de tortura e execução. Deu detalhes sobre a chegada da polícia e o que disseram: "Olha o que a gente faz com bandido", antes de executar. Ao entrar na fazenda os policiais disseram "não corre senão morre", e depois o sobrevivente ouviu seus companheiros chorando e dizendo "tá, tá, não vamos correr". Os policiais tiraram um sarro da cara deles antes de matá-los, dizendo: "porque vocês não correram também?”

Representantes da Associação dos Delegados Polícia do Pará (Adepol) estão defendendo os policiais: "Estão invertendo as coisas. Os policiais foram recebidos à bala, atiraram em legítima defesa, apenas reagiram contra a ação do grupo. Eles estavam lá para dar cumprimento à reintegração de posse".

O relatório da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará divulgou as características da morte de Hércules Santos de Oliveira que demonstram claramente que houve execução: foram dois tiros à queima-roupa na altura do peito.

Basta de chacinas de sem-terras e camponeses pobres! Chega de impunidade para latifundiários e seus capangas!




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