quarta-feira 29 de agosto de 2018 | Edição do dia
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é o candidato escolhido a dedo pela Lava-Jato, o candidato que os golpistas apostaram todas as fichas para estabilizar o governo e conseguir aplicar todos os ataques com legitimidade, segue com dificuldades de emplacar a sua campanha. Nesse momento ainda inicial das campanhas, em que ainda não teve peso o tempo de TV de cada candidato (em que Alckmin domina com 44% do tempo) o candidato do golpe está procurando setores da sociedade para o apoiar.
Os evangélicos, que constituem uma grande parcela da população querem um candidato que defenda a "família e a vida", e se posicione de forma enfática em relação ao aborto, drogas, casamento gay e homofobia. Isso mesmo, querem um candidato que defenda o discurso homofóbico em seu governo, e que seja mais duro com relação a questão de gênero.
Alckmin está tentando se aproximar desses setores, a questão tática para ele é o quanto consegue se aproximar desse eleitorado, roubando votos de Bolsonaro, mas sem por outro lado atrair também a rejeição recorde do candidato mais abetamente reacionário na disputa.
Com um discurso de empoderamento feminino, tentando cooptar o sentimento de emancipação das mulheres, tendo como vice uma mulher, e fazendo discursos pró - diversidade, tem o cenário hoje de uma maior parte dos evangélicos já terem declarado apoio para o Bolsonaro pois o candidato já declarou todas as posições homofóbicas e reacionárias abertamente, e Alckmin vem com um discurso mais “moderno” mais com um projeto do golpe para aprofundar todos os ataques e conseguir aplicar a reforma da previdência.
Nessas eleições manipuladas pelo judiciário e pelos golpistas é necessário emergir as vozes anticapitalistas que defendam o estado separado da religião e que rechacem o projeto de todos que querem atacar os trabalhadores, como Alckmin e Bolsonaro.