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CRISE NA UERJ | Estudantes se unem aos terceirizados em protestos contra crise na UERJ

Cerca de 50 trabalhadores terceirizados, da empresa Construir, responsáveis pela limpeza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital Universitário Pedro Ernesto, se uniram à um grupo de estudantes em uma passeata nesta manhã, indo do campus Maracanã até o HUPE.

quarta-feira 15 de abril de 2015 | Edição do dia

Os trabalhadores da limpeza da UERJ, que estão sem receber há já 9 dias, organizaram nesta manhã uma passeata exigindo o pagamento de seus salários. Em crise orçamentária desde o ano passado, a falta de pagamentos dos trabalhadores terceirizados tornou-se uma realidade das Universidades públicas UERJ, UEZO e UENF. Na UERJ, os trabalhadores da manutenção, da empresa terceirizada Navelle, estão há 5 meses sem receber.

Os ascensoristas, por sua vez, passaram fevereiro e março sem receber. Com o atraso neste mês de abril, paralisaram os elevadores durante algumas horas desta segunda-feira, dia 13. A Universidade alega falta de repasse de verbas pelo governo do estado, mas ofereceu 100 reais por dia para que os ascensoristas voltassem a trabalhar nos elevadores. Segundo os trabalhadores da limpeza, a UERJ só vai pagar os salários no mês de julho.

Cerca de 50 trabalhadores da limpeza se concentraram no pátio de entrada da UERJ – Maracanã para seguir até o Palácio da Guanabara, exigir o pagamento dos seus salários. Um grupo em torno de 20 estudantes juntou-se aos trabalhadores, com bumbos e megafones, manifestando-se contra o autoritarismo da reitoria, o atraso de bolsas e o déficit de quase 600 professores, se somando e apoiando os terceirizados.

O ato seguiu até o Hospital Universitário Pedro Ernesto, aonde estudantes e trabalhadores fizeram muito barulho, denunciando a falta de transparência na prestação de contas da UERJ, e que a universidade iria paralisar suas funções caso não houvesse o pagamento dos salários, e com corte da rua Teodoro da Silva.

De lá, os trabalhadores seguiram para o Palácio da Guanabara, acompanhado apenas por alguns estudantes. Uma comissão entrou para negociar, e lá foi lhes dado a resposta de que o Governo do Estado daria aval para a empresa Construir contrair um empréstimo para quitar as dívidas.

Durante a noite, um novo ato estudantil reuniu cerca de 150 estudantes na UERJ. Após subirem os 12 andares da universidade, passando nas salas e ganhando adesão de vários cursos. O grupo decidiu protestar na rua, fechando a Avenida São Francisco Xavier no sentido Zona Sul. Os estudantes cantaram pelo pagamento imediato do salário dos terceirizados. Também defenderam em suas palavras de ordem que a luta dos estudantes por suas reivindicações deveria se unificar com a dos trabalhadores terceirizados na luta contra o PL 4330, que não tem seus direitos trabalhistas respeitados e se enfrentam constantemente com atrasos de salários e a precarização do trabalho.




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