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CONTRA AS PUNIÇÕES NA UNICAMP | Estudantes realizam abaixo-assinado contra sindicância

Desde o Esquerda Diário, viemos relatando a luta da UNICAMP, agora com centro contra as punições aos estudantes que se mobilizaram por cotas raciais, permanência e contra os cortes. Neste momento, já existe uma sindicância em curso contra Guilherme Montenegro, estudante negro membro do DCE. Como parte da campanha, os estudantes realizaram um abaixo-assinado contra esse processo de punição, com o texto abaixo:

terça-feira 12 de julho de 2016 | Edição do dia

No dia 10 de maio, estudantes da Unicamp decidiram em assembleia geral dar início a uma greve e ocupar a reitoria tendo como pautas centrais a implantação de cotas raciais nos cursos de graduação e pós, ampliação do programa de permanência estudantil, suspensão dos cortes orçamentários (Resolução da GR10 e 13/ 2016) e contra o golpe que foi legitimado pelo senado dois dias depois. A partir daí, as assembleias de cursos foram deliberando greve e hoje totalizam-se 18 institutos parados.

A reitoria e alguns órgãos de administração de institutos e faculdades encaram atividades relacionadas à greve (piquetes, trancaços, etc.) como motivo de punição e repreensão aos alunos. Inclusive um aluno já está sendo sindicado por ter participado de uma intervenção em aula que pretendia dialogar com os estudantes e o professor para que o direito à greve fosse respeitado.

A greve, assim como as ocupações e os piquetes, são ferramentas políticas legítimas para mobilizações democráticas e quem participa do movimento não pode ser reprimido. Os piquetes são a única forma das e dos estudantes grevistas não serem prejudicados. Os alunos envolvidos nessas atividades tem sido expostos a agressões físicas, verbais e morais por professores e funcionários contrários à mobilização estudantil. Além de alguns insultos racistas, machistas, classistas e lgbtfóbicos manifestados verbalmente como forma de desqualificar a nossa luta, alguns alunos ainda tem tido suas imagens expostas pelos corredores dos institutos e na internet, dando vazão a crimes cibernéticos.

As intervenções em sala de aula, assim como outras atitudes tidas como “radicais” são necessárias para garantir que todos os setores envolvidos na greve possam participar da mobilização sem que sejam prejudicados e para que o diálogo entre grevistas e não-grevistas seja estabelecido. Durante o período de greve, o calendário acadêmico é suspenso e não podem ser aplicados processos avaliativos. O não seguimento dessa norma é autoritário e desrespeita o direito à greve. Na Unicamp cursos de exatas, humanas e biológicas aderiram à greve e as ementas das disciplinas não foram cumpridas. As retaliações ao movimento têm o caráter de intimidar estudantes e enfraquecer o movimento estudantil.

“QUEM LUTA PELA EDUCAÇÃO NÃO MERECE PUNIÇÃO”. ABAIXO A SINDICÂNCIA DE GUILHERME MONTENEGRO!

ASSINE AQUI: https://secure.avaaz.org/po/petition/Jose_Jorge_Tadeu_Pela_suspensao_e_anulamento_das_punicoes_aos_estudantes_grevistas/?afXwceb




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