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LUTA SECUNDARISTA | Estudantes param São Paulo com “trancamentos”, e enfrentam dura repressão

O movimento dos estudantes secundaristas contra o plano de fechamento das 92 escolas que Alckmin tenta impor entrou numa nova fase. Após ocupar mais de 200 escolas, agora os estudantes voltaram às ruas, e protagonizaram uma das ações importantes desde que as mobilizações começaram há cerca de três meses.

sexta-feira 4 de dezembro de 2015 | 00:26

O movimento dos estudantes secundaristas contra o plano de fechamento das 92 escolas que Alckmin tenta impor entrou numa nova fase. Após ocupar mais de 200 escolas, agora os estudantes voltaram às ruas, e protagonizaram uma das ações importantes desde que as mobilizações começaram há cerca de três meses.

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Foram mais de dez “trancamentos” das principais ruas e avenidas da cidade, ncluindo as Marginais Pinheiros e Tietê,e a Radial Leste, que começaram às 6h da manhã e se estenderam até o começo da noite, se espalhando pelos quatro cantos da cidade. Também foram ocupadas pelos estudantes as Diretorias de Ensino de Sorocaba e Santo André, e ocorreram ações similares em municípios do interior do estado.

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Na capital houve trancamentos na Avenida Professor Francisco Morato. Na Lapa, a
manifestação acontece no cruzamento da Rua Heitor Penteado com a Avenida Pompéia, nos dois sentidos. O Cruzamento da Avenida Rebouças com a Faria Lima também foi interditado. Já na zona sul, os manifestantes bloquearam a Avenida João Dias, próximo ao terminal de ônibus, no sentido centro, assim como a Avenida Giovanni Gronchi. Na Estrada do M’Boi Mirim o protesto ocorre na altura da Rua José Barros Magaldi.

O governo de Geraldo Alckmin havia declarado que a polícia não invadiria as escolas ocupadas, até porque a liminar de reintegração fora caçada pela justiça. Mas que mandaria a polícia contra os estudantes, indicando que teme que o movimento tome as ruas, e ganhe ainda mais evidência. Não se importando com a grande quantidade de estudantes secundaristas, muitos dos quais menores de idade, as manifestações foram duramente reprimidas pela polícia, que utilizou balas de borracha, muitas bombas de gás, e agressões físicas.

Segundo Odete do Centro Acadêmico de Pedagogia da USP e que desde o início das ocupações se encontra juntos aos secundaristas: “Todos os "travamentos" de avenidas estão sendo duramente reprimidos pela Polícia Militar, com bombas de gás, efeito moral e cassetetes, o que deixa claro a verdadeira face desse governo de não negociar”. Na Av. Tiradentes, que liga a zona norte à região central, não apenas houve repressão como também diversos detidos, dentre os quais menores de idade. O saldo da ação do governo do estado foi de dezenas de estudantes presos e feridos. Além disso uma das bombas lançadas pela polícia incendiou o tanque de uma moto, fazendo com que seu motorista pegasse fogo, e tivesse que ser levado
ao hospital.

No entanto, nem os grandes meios de comunicação puderam evitar o questionamento à forma como o governo de Geraldo Alckmin está tratando os estudantes. Isso se deve ao grande apoio popular que os alunos das escolas estaduais conseguiram. Por sua vez, Jéssica recém eleita para o Centro Acadêmico de Letras da USP convocou “todas as entidades estudantis, sindicatos, organismos de direitos humanos bem como as organizações de esquerda a se somarem nessas ações.” Para o dia de hoje estão programadas novas ações dos estudantes e de apoiadores, que demonstram que o movimento das escolas ocupadas agora está definitivamente se colocando nas ruas.

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