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Isa SantosAssistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

quinta-feira 10 de maio de 2018 | Edição do dia

Nesta quarta 09/05, na Capela Ecumênica da UERJ, foi realizada uma homenagem para Matheusa. Matheusa, jovem negra e LGBT não-binária, estudante de Artes Visuais da UERJ, foi cruelmente assassinada, de acordo com informações dos familiares.

Ela estava desaparecida desde o dia 29 de abril. E uma busca incansável foi realizada por familiares e amigos que mantinham a esperança de encontrá-la com vida. Seu irmão divulgou, no dia 06/05 pelas redes sociais, que haviam fortes indícios de que seu corpo havia sido encontrado queimado no bairro da Piedade.

A homenagem foi chamada pelo Instituto de Artes da UERJ com o intuito de honrar sua memória e colorir a UERJ como ela coloria. Pediu-se que os participantes fossem de roupas coloridas e levassem mudas de plantas como uma maneira simbólica de fazer presente sua marca, sua doçura e leveza de alguém que nunca deixou de ser e de colocar seu CORPO ESTRANHO no mundo.

A homenagem lotou a Capela Ecumênica com a presença da comunidade LGBT+, de alunos da UERJ, professores, técnicos e diversas pessoas que se sentiram tocadas com sua trajetória e história.

Essa trajetória foi relembrada, com poemas e trabalhos de Theusa que citam fortemente seu local de origem (Rio Bonito), suas relações, sua experiência com o mundo, e também com falas do irmão, de sua mãe, amigos, professores e daqueles que compartilharam junto a ela as experiências de luta na UERJ. Uma homenagem emocionante para lembrar que:

Matheusa vive e viverá, na arte, na alegria, nas lutas da UERJ e em cada um que luta pelo fim da violência LGBTfóbica!




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