Nesta terça-feira (19), manifestantes, ciclistas, amigos e familiares foram às ruas protestar por justiça a Luísa Lopes, de 24 anos, que foi assassinada por uma motorista embriagada na Av. Dante Michelini, em Vitória-ES, no dia 15/4, coincidentemente, o dia do ciclista.
quarta-feira 20 de abril de 2022 | Edição do dia
Luisa Lopes era ciclista, modelo, passista da escola de samba Unidos de Jucutuquara e estudante do curso de oceanografia na UFES. Luisa foi atropelada, arremessada para cima do veículo e arrastada, morrendo no local momentos depois de receber atendimento.
A motorista que assassinou Luisa, Adriana Felisberto Pereira, 33 anos, ao ser questionada por policiais se tinha consciência do que havia feito, respondeu “Eu tenho. Quero meu carro pra trabalhar e olha como meu carro está”. Após uma policial dizer que a motorista estava agravando a situação, por estar preocupada com o carro e ter estourado a cabeça da menina, Adriana respondeu: “Eu estourei a cabeça dela porque ela passou na minha frente”.
Durante a audiência de custódia, a Justiça liberou a motorista para responder o processo em liberdade e a pagar uma fiança de R$3 mil, não podendo sair da Grande Vitória e nem frequentar bares e boates. Um absurdo que o preço por uma vida seja de R$3 mil reais. Quanto vale uma vida? Quanto vale a vida de uma pessoa que amamos? Como fica a família dessa pessoa? Justiça por Luisa Lopes já!
O ato por Justiça a Luisa Lopes contou com falas e apresentações culturais de coletivos e grupos dos quais Luisa fazia parte. Também foi colocado no local do acidente uma Ghost Bike, uma instalação de bicicletas pintadas de branco em lugares em que ciclistas foram assassinados e vítimas do trânsito, em memória e justiça.
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