Depois dos cassetetes e bombas, o governo Alckmin tem mais uma arma na mão para reprimir os estudantes. Sempre é bom lembrar que o atual Secretário de Educação era Desembargador do mesmo tribunal que queria multar os estudantes e suas famílias.
sábado 7 de maio de 2016 | Edição do dia
Por volta de 4 da tarde de sexta-feira (06) os cerca de 70 estudantes que ocupavam o plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo saíram em ato do prédio. A decisão foi tomada após o pedido de reintegração de posse pedido pelo "ladrão de merenda" Fernando Capez do PSDB ter sido aceito pelo tribunal. No pedido enviado a 1ª Vara da Fazenda Pública e analisada pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho estabelecia a multa de 30 mil reais por dia para cada estudante na ocupação.
Esse é o novo método do governo do estado de São Paulo, se aliando com a justiça. Enquanto estudantes são alvos de processos, o "ladrão de merenda" continua impune na sua posição de presidente da ALESP. Não a toa Alckmin colocou como Secretário de Educação José Roberto Nalini, desembargador do tribunal de justiça de São Paulo. Já demonstrando suas posições políticas claras enquanto juiz o secretario já declarou que "a educação não é um direito fundamental".
Os estudantes que estavam na ALESP prometeram continuar a pressão para que se investigue todo o cartel da merenda, assim como estudantes que ocupam 15 prédios na Grande SP continuam decididos a barrar os cortes de verba para educação. Mesmo com a violência policial e a perseguição da justiça os secundaristas prometem continuar "dando aulas" de como barrar os cortes dos governos.
