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UNICAMP | Estudantes da Unicamp realizam ato contra o ataque da reitoria à permanência

Hoje, dia 1 de setembro, estudantes da Unicamp, em sua maioria bolsista, iniciam ato que se iniciou na Moradia Estudantil e foi até a reitoria da Universidade, se posicionando contra os cortes de bolsas SAE que pode ser aplicado pelo reitor, Marcelo Knobel, e contra o Projeto de Lei 529 de Dória.

terça-feira 1º de setembro de 2020 | Edição do dia

Hoje, pela manhã, na reitoria da Unicamp, será votada nova deliberação da CEPE (Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão) que impõe critérios meritocráticos e novas limitações para a concessão de bolsas para os estudantes. Os estudantes responderam com ato e com um twitaço para quem não pôde comparecer presencialmente, com as #BolsistasSAEemLuta e #NaoAoPL529.

Em meio à pandemia, a reitoria da Unicamp continuou aplicando ajustes graves, como um corte de R$72 milhões do orçamento da universidade e mais a implementação de projetos de extensão lato sensu pagos, mas inclui-se que isso se deve fortemente ao amparo dado pela ausência dos estudantes no campus e também pela posição não combativa do DCE, dirigido pela UJS (juventude do PCdoB, o mesmo partido que relatou a MP 936, que corta salários e jornadas de trabalhadores).

Hoje tem ato na reitoria!

Knobel diz defender a universidade pública contra o negacionismo de Bolsonaro e o PL 529 de Doria, mas faz isso atacando os mais pobres, demitindo trabalhadores e cortando bolsas. Não aceitamos! Hoje ocorrerá a votação na CEPE sobre as propostas de alteração nos critérios das bolsas, os estudantes levarão uma contraproposta, estão realizando um ato em frente ao local e também farão um twitaço às 10h para quem não puder ir, com as #BolsistasSAEemLuta e #NãoAoPL529.

A mobilização e nossa força, que começou com uma assembleia de 700 estudantes contra o ataque da reitoria, são as únicas que podem fazer Knobel e Doria recuarem. Apoie essa luta!

Publicado por Faísca Unicamp em Terça-feira, 1 de setembro de 2020

Em ato de hoje, os estudantes se colocam, corretamente, contra os cortes de bolsas, (apresentam um contraproposta estudantil à reitoria, aprovada em assembleia), e contra o PL 529 de Dória que é também um enorme ajuste do governo do estado, que dá carta branca para Dória retirar os fundo superavitários de autarquias estaduais, atacando o financiamento da universidade pública, e recolhendo os saldos anuais da Unesp, Usp, Unicamp e também da Fapesp, isto é, prejudicando também as bolsas de pesquisas.

Se por um lado Knobel diz defender a universidade pública contra o negacionismo de Bolsonaro e o PL de Doria, por outro já noticiou que caso o PL 529 passe serão novas bolsas cortadas junto de ajustes no HC, ou seja, os mais pobres, trabalhadores e seus filhos serão duramente afetadas e vão arcar com uma crise da reitoria e do governo do estado. Não é possível defender a universidade do PL do Doria cortando bolsas!

Mas é por meio da força material dos estudantes, organizados, que estes golpes da reitoria e de Dória podem ser revertidos. Por meio de uma assembleia com mais de 700 presentes, ocorrida no último dia 20 e impulsionando um abaixo assinado rechaçando ambos os ataques com mais 3000 assinaturas. Os estudantes afirmam sua força e podem barrar os novos ajustes. As entidades estudantis deve estar à serviço das nossas lutas, organizando os estudantes, para nós revertermos este cenário efetivamente, como mesmo avançar em mais direitos que garantam novas bolsas a todos que precisam e seguridade de permanência, como a ampliação da moradia, pauta histórica do movimento estudantil.

Permanecer é um direito. Os estudantes deveriam ter acesso a bolsas sem contrapartida de trabalho, e a reitoria ao invés de gerir a crise nos atacando deveria abrir as contas da universidade para que a maioria que a compõe, os estudantes e trabalhadores, possam decidir quais são as prioridades.




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