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GREVE GERAL | Estudantes da UNICAMP rumo ao #28A

Uma das maiores paralisações de trabalhadores da história do nosso país acontecerá nessa sexta, será a maior que nossa geração já viveu e nós estudantes da Unicamp podemos ser parte ativa do que será o #28A em Campinas.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quarta-feira 26 de abril de 2017 | Edição do dia

A lista de trabalhadores que participarão do dia 28 de abril cresce. Campinas e o país vão parar e só se fala disso! Operários de grandes fábricas como a Mercedes e a Bentler votaram paralisar, os motoristas do busão prometem parar as garagens e os trabalhadores dos Correios podem estar em greve a partir do dia 26. Nas escolas professores, secundaristas e muitos trabalhadores da educação do estado e do município se somam à mobilização e nós estudantes da Unicamp também podemos ser sujeitos junto dessa luta nacional dos trabalhadores contra as reformas e ataques do governo.

A Reforma do Ensino Médio é uma ameaça aos estudantes da licenciatura. Querem restringir o ensino na escola em detrimento de formação técnica precária aos jovens, inibir o pensamento crítico. O PL da terceirização e as Reformas da Previdência e Trabalhista são um combo dos golpistas. Querem ampliar ainda mais o número de pessoas em péssimas condições de trabalho, abolir a CLT e todos os direitos trabalhistas elementares conquistados há anos pela luta, para que trabalhemos até morrer, sem o direito de nos aposentar. São ataques por um projeto de país dos capitalistas contra o nosso futuro. E as universidades não estão fora desses planos, como vemos na ameaça de fechamento da UERJ e na aprovação da PEC do Fim da USP, que demitirá milhares de funcionários. Os ataques que o governo Temer, o Judiciário e os grandes empresários estão tentando nos impor são enormes, mas, se nos organizarmos junto aos trabalhadores podemos derrotá-los!

Na greve que fizemos no ano passado contra os cortes, contra o golpe e pelas cotas étnico-raciais, usamos nossos métodos de luta, ocupamos a reitoria, fizemos assembleias de curso com centenas de pessoas e mostramos que nossa mobilização nos fortalece para arrancar conquistas.

A batalha que seguimos pela aprovação das cotas e contra as punições aos estudantes que lutaram deve ser totalmente ligada à luta nacional dos trabalhadores e dos setores mais oprimidos da população. Queremos abrir as portas da Unicamp à juventude negra que é sistematicamente excluída pelo racismo e o elitismo do vestibular, para que jovens secundaristas da periferia estejam nas nossas salas de aula e que a produção do conhecimento da Unicamp esteja a serviço da classe trabalhadora. Então agora é o momento de nos jogarmos com tudo para construirmos juntos uma forte mobilização na cidade. Podemos nos ligar à juventude e aos trabalhadores num questionamento profundo ao caráter de classe da universidade e da sua estrutura de poder, pois os ataques dos golpistas são apoiados pelo Conselho Universitário, que está a serviço das empresas e governos dos ricos, como mostra as cadeiras da FIESP e da prefeitura de Jonas.

O nosso DCE, dirigido por diversos coletivos da Esquerda, não está construindo na base de cada curso a mobilização do dia 28. Para isso é urgente realizar assembleias que pautem os ataques e a nossa resistência organizada, construir comitês amplos para debatermos e planejarmos como transformar nossa indignação numa forte mobilização. Não queremos repetir o burocratismo das centrais sindicais patronais e petistas que, assim como da UNE, não organizam a resistência porque querem fazer campanha para o “Lula 2018” e desviar para as eleições a nossa potencialidade de sermos sujeitos políticos contra os ataques.

Se o dia #28A para o país pelas mãos daqueles que tudo produzem na nossa sociedade, a nossa luta na Unicamp também se fortalece. Façamos desse dia de paralisação nacional o estopim para a construção de uma grande Greve Geral e só paremos quando derrubarmos Temer e seus ataques e impormos uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para discutirmos o nosso projeto de resolução aos principais problemas nacionais.




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