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MOVIMENTO ESTUDANTIL NACIONAL | Estudantes da UFRN se organizam contra Bolsonaro

Marie CastañedaEstudante de Ciências Sociais na UFRN

sexta-feira 12 de outubro de 2018 | 11:26

Setor 2, Galinheiro, Centro de Biociências, Centro de Convivência e Paris (Setor 1/DECOM) foram palco de plenárias estudantis, acompanhadas de professores e servidores na UFRN. O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, com uma quase vitória de Bolsonaro (PSL) e os mais de 50 ataques de seus defensores, que custaram a vida de Mestre Moa do Katendê na Bahia, deixaram os estudantes em alerta e provocaram a organização de diversos espaços para debater a conjuntura nacional e o que fazer frente a ela.

Nestes espaços foram tiradas diferentes Frentes Antifascistas, como a Franga, que pode ser acompanhada pelo instagram @frangasim. E em Paris, na noite de ontem, um indicativo para uma manifestação de rua próxima ao Via Direta para o dia 18.

Para a próxima terça-feira está convocada uma Assembleia Geral da UFRN, com chamado aos professores e servidores e toda a comunidade acadêmica, as 16h30, no Centro de Convivência.

Nós do MRT participamos das assembleias no CB e em Paris, defendendo que é urgente a massificação destes espaços de autoorganização, assim como comitês de base e assembleias em cada local de trabalho e estudo para organizar a luta contra Bolsonaro, a extrema-direita e o golpismo, cuja atuação reacionária, anti-trabalhador, machista, racista, LGBTfóbica já está legitimando ataques da extrema-direita nas ruas e que querem se eleger para acabar com todo e qualquer direito das trabalhadoras e trabalhadores. Votamos em Haddad junto a todos que enxergam a necessidade de repudiarmos a extrema-direita nas urnas, mas não damos nenhum apoio político ou programático ao PT. A estratégia eleitoral do PT não é capaz de enfrentar Bolsonaro. O PT governou junto à burguesia por 13 anos e foi responsável por abrir espaço para a direita com seus acordos de governabilidade, assim como a desmoralização dos trabalhadores e da juventude que já vinham sendo atacados nos últimos anos de seus governos.

Por isso, ainda que a maior probabilidade seja que Bolsonaro ganhe o segundo turno, mesmo perdendo sairá fortalecido, com a segunda maior bancada de deputados na Câmara Federal e defensores que não cansam de demonstrar o caráter da sua política, até mesmo dentro do Campus Central da UFRN, onde atacaram uma estudante de Biologia e jogaram sua mochila na lama, somente por usar o adesivo com o número 13. Por isso exigimos da CUT, da CTB, da UNE, UEEs e UBES que organizem assembleias em cada local de trabalho e estudo e rompam com a trégua que impuseram desde abril de 2017.

Precisamos nos organizar contra Bolsonaro e a extrema-direita e nestes tempos de fake news, o Esquerda Diário é uma fortíssima ferramenta para construir nossa luta, defendendo confiar nas nossas próprias forças de luta e atingindo 3,5 milhões de acessos em 30 dias.
Convidamos todas e todos a se organizarem conosco.

Foto cedida por Maria Clara Alves




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