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8 de Março | Estudantes da UFABC: venham com a Faísca e o Pão e Rosas no 8M em SBC

Nesse 8 de março nós das Faísca UFABC fazemos um chamado a todas, todes e todos que assim como nós não vê a luta das mulheres descolada da luta da juventude e da classe trabalhadora, e por isso que neste 8M vamos às ruas contra esse governo de extrema-direita do Bolsonaro, Mourão e Damares, mas também contra os prefeitos, governadores, o congresso e o judiciário que juntos representam esse regime político degradado que aplica as reformas e os ataques que precarizam nossas vidas. E também contra a guerra na Ucrânia, a invasão russa e o rearmamento imperialista, que coloca nossa classe como linha de frente de sua guerra, a marcharem conosco no ato do dia 12 de março, em São Bernardo.

segunda-feira 7 de março de 2022 | Edição do dia

O 8 de março, conhecido como dia internacional da mulher, longe de ser uma data comercial, onde as mulheres por um dia se tornam “rainhas”, nasceu em meio ao movimento internacionalista de mulheres em busca por melhores condições de trabalho e de vida e teve seu dia definido com o levante de mulheres em 8 de março de 1917 que impulsionou a primeira revolução operária, a Revolução Russa de 1917. Diante da crise, da pandemia, da precarização da vida, da guerra, quais as demandas do movimento internacional de mulheres? E por que é importante a unidade com a juventude e a classe trabalhadora de conjunto?

Entendemos que a opressão patriarcal é anterior ao capitalismo, mas que esse se utiliza dessa opressão para poder explorar ainda mais as mulheres. Isso se prova, na diferença salarial por exemplo, ou nos piores postos de trabalho, no Brasil uma mulher negra é ainda mais atingida e chega a receber até 60% menos que um homem branco, além de ser maioria em trabalhos terceirizados.

Damares e seu discurso de extrema direita, que veta a distribuição de absorventes para meninas e mulheres em situações de vulnerabilidade, que cria manual de denúncia de “ideologia de género", que invisibiliza os lgbtqia+, que suprime a luta histórica das mulheres, que culpa a família e o TIkTok por casos de gravidez de adolescentes e é entusiasta da luta contra a legalização do aborto, uma pauta histórica do movimento de mulheres e que tem a ver com a situação das mulheres nesse sistema degradado, cerca de um milhao de mulheres morrem por anos vítimas de abortos clandestinos, a educação sexual nas escolas é tratada como ideologia de gênero, uma menina de 10 anos que sofria abusos constantes desde os 6 é chamada de assassina ao querer abortar o feto fruto dos abusos. Por aborto legal, seguro e garantido pelo SUS para não morrer, educação sexual para decidir e contraceptivos para não engravidar!

Bolsonaro, Mourão e Damares são pilares do regime de extrema direita fruto do golpe institucional e que vêm aplicando ataques às mulheres, aos jovens e à classe trabalhadora de conjunto que vem pagando a conta da crise capitalista, com as reformas trabalhista e da previdência, que foram ataques estruturais do pós-golpe, mas também pensando a expansão da terceirização que vem desde os governos PT, e atingem principalmente as mulheres, situação que só piora com o aprofundamento da crise, o trabalho intermitente, e as novas leis trabalhistas que deixam a negociação das condições de trabalho entre patrão e empregado, a negociação é clara, ou trabalha do jeito que der, ou morre de fome. Somos nós as mulheres, o proletariado que temos pago com nossas vidas a crise capitalista, na fome, no desemprego, nos empregos precários, nas degradadas condições da terceirização, por isso somos pela revogação da reforma trabalhista e de todas as reformas.

Enquanto isso, são as mulheres trabalhadoras ucranianas que têm pagado com suas vidas e as vidas de seus filhos e companheiros e companheiras a crise capitalista. A Guerra na Ucrânia, que por um lado atende aos interesses capitalistas de Putin e por outro os interesses imperialistas da OTAN e UE, deixa a conta para a população pobre e trabalhadora, portanto surge a necessidade de uma política independente da classe trabalhadora ucraniana. Não à guerra! Fora tropas russas da Ucrânia! Abaixo a OTAN, não ao rearmamento imperialista!

Tudo isso coloca pra gente a necessidade marchar e ir pras ruas e além disso ter um programa que permita a gente se apoiar nas conquistas históricas do movimento de mulheres para questionar o capitalismo de conjunto não só no Brasil mas no mundo.

Nós defendemos a auto-organização das mulheres, da juventude e dos trabalhadores e chamamos o DCE da UFABC a construir o 8 de março levando em consideração todos os debates abertos aqui, que não seja um ato isolado de solidariedade, mas uma organização que permita a nós enquanto estudantes compreender a amplitude dessa luta e marchar lado a lado com a classe trabalhadora, com as mulheres e todos os setores oprimidos.

#AbortoLegalJa #ForaBolsonaroMouraoEDamares #ForaTropasRussasEORearmamentoImperialista #PelaAnulaçãoDeTodasAsReformas

Vem com a Faísca e o Pão e Rosas

12M - 10 horas - concentração na praça Matriz em São Bernardo

Acesse o Instagram da Faísca UFABC




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