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UFMG CONTRA O IMPEACHMENT | Estudantes da Faculdade de Educação da UFMG são contra o impeachment e os ataques do governo!

Com cerca de 150 presentes, estudantes da Faculdade de Educação da UFMG (FaE-UFMG) votam em assembleia extraordinária um posicionamento contra o impeachment e contra os ataques do governo.

terça-feira 19 de abril de 2016 | Edição do dia

Após um domingo histórico onde a Câmara dos Deputados votou o encaminhamento do impeachment de Dilma, os estudantes da UFMG decidiram se posicionar contra esse golpe institucional.

Iniciado na Escola de Belas Artes, estudantes de vários cursos e unidades reuniram-se pela tarde e organizaram um ato espontâneo contra o golpe fechando a Av. Antônio Carlos, uma das principais avenidas de Belo Horizonte e que foi palco das Jornadas de Junho de 2013.

Após esse ato, foram realizadas reuniões e assembleias em diversas unidades do campus para debater a conjuntura nacional frente ao golpe institucional ocorrido ontem e quais passos os estudantes devem dar para barrar mais esse ataque.

Na Faculdade de Educação uma assembleia extraordinária e emergencial foi convocada para o intervalo das aulas do noturno e reuniu cerca de 150 estudantes e alguns professores, sendo uma das maiores assembleias já ocorridas no instituto no último período. Diversos estudantes interviram se posicionando contra o impeachment, mas também contra todos os ataques que o governo PT veio jogando nas costas dos trabalhadores e da juventude, principalmente os cortes de verba na educação e o documento Pátria Educadora, que foi bastante discutido e rechaçado na FaE no ano passado.

A posição da assembleia dos estudantes do noturno da FaE votada por ampla maioria foi “Contra o impeachment e os ataques do governo”, defendida pela Faísca (MRT e independentes) junto à estudantes do Coletivo de Estudantes Negros da UFMG (CEN) e independentes. Essa proposta foi votada contra a proposta de “Fora Todos” defendida pelo MEPR, que obteve 2 votos, e a proposta de “Em defesa da democracia e da Constituição”, que obteve um voto.

Esta votação mostrou não só o rechaço à direita e ao Impeachment, mas também a denúncia dos ataques do governo. Isso é importante porque foi o próprio PT que abriu caminho para esta direita, pois desde 2002 governou com os meios mais sujos da política burguesa, como subornos, troca de cargos por apoio, corrupção, etc., enquanto usava a UNE, a CUT e o MST para passivizar e trair as lutas e fazer um governo amigo dos grandes capitalistas com o mínimo de protesto social.

Como resolução, foi tirada também uma semana de mobilização da FaE, em que será discutido com os professores a liberação das aulas para participação das atividades, para construir espaços de debates e formação política, e atos e atividades que levem o posicionamento votado em assembleia.

Essa importante assembleia ocorrida logo um dia após a votação do golpe institucional da direita mostra que os estudantes da Faculdade de Educação e de vários institutos na UFMG não irão se calar frente a esse ataque da direita. Os estudantes de Pedagogia e das Licenciaturas também fizeram questão que frisar que é necessário colocar para fora da UFMG que naquela faculdade não se discute apenas didática e formação de professores, mas que parte fundamental dessa nossa formação é sermos parte ativa das discussões políticas que permeiam o cenário nacional, assim como nos posicionarmos e lutarmos contra o que nos ataca e em defesa de nossos direitos.

Hoje, 19 de abril, haverá uma nova assembleia do diurno às 9h30 no saguão da FaE, e também uma reunião geral dos estudantes da UFMG às 16h30 na Escola de Belas Artes da UFMG. É urgente que o DCE, que hoje é composto pelo PSTU, PSOL, PCR e PCB junto à independentes, siga o exemplo desses estudantes que já estão se levantando e mobilizando contra o impeachment e os ataques do governo e se reunirão novamente hoje, e convoque amplamente uma assembleia geral para tirar um posicionamento e um plano de ações para barrar esse ataques que estamos sofrendo. O DCE, dirigido majoritariamente pelo PSTU e pela CST/PSOL, que não se posicionaram contra o impeachment, não pode seguir em silêncio frente a essa mudança histórica no cenário nacional e tem o dever de garantir aos estudantes – que, diferentemente da entidade, não se calaram – o espaço democrático de deliberação que é a assembleia geral.




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