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EUA x CHINA | Estados Unidos firma com China a “fase 1” do acordo comercial

Apressado pela ameaça de impeachment, Trump firmou com o vicepresidente chinês, um primeiro esboço do acordo que estabelece que o gigante do oriente aumentará as compras estadunidenses. As tarifas para ambos os países continuarão.

quinta-feira 16 de janeiro de 2020 | Edição do dia

A denominada “fase 1” do acordo comercial parecia que não chegaria nunca.

Mas os constrangimentos políticos de Donald Trump também parecem ter avançado, nesta mesma quarta-feira a Câmara de Representantes (Deputados) decidiu passar para o Senado a responsabilidade por seu julgamento político. Além disso, em fevereiro a etapa das primárias. Por outro lado continua sobre o tabuleiro internacional a crise que Trump originou quando decidiu por uma escalada de tensões ordenando o assassinato do segundo homem mais importante do Irã, em território iraquiano.

Esta fase 1 é assinada por Trump e o vicepresidente chinês Liu He. Em suma, o que se modifica é que o Governo chinês aumentará as compras de produtos agrícolas estadunidenses de 40 a 50 bilhões de dólares. Isto leva as exportações nesta área aos níveis do início de 2017, quando Obama deixava a presidência.

Para os agricultores que exportavam soja à China e viram cair suas vendas nestes dois anos isto representa certo alívio. Precisamente eles são a base votante dos republicanos.

Mas aqui surge a primeira dúvida dos principais analistas que é se é conveniente para os Estados Unidos depender tanto das importações chinesas.

Isto é definido como uma trégua, dado que as tarifas que ambos os países estabeleceram em sua “guerra comercial”, seguirão vigentes até avançar a “fase 2”, questão que há que ver se acontecerá.

A contrapartida desse aumento nas importações chinesas é a redução pela metade dos 15% de impostos a bens de uso como roupas, que o gigante asiático vende aos Estados Unidos.

Steve Mnuchin, o secretário do Tesouro ianque afirmou que de qualquer forma as tarifas continuarão até chegarem a maiores acordos, inclusive disse que “o presidente tem o poder para impor tarifas adicionais”, se estes não se cumprirem.

Do outro lado, Liu He declarou à agência nacional chinesa Xinhua que as duas potência poderão trabalhar mais estreitamente para obter resultados concretos. De qualquer forma, o impacto da guerra comercial continuará, ao não cair as tarifas.

Na assinatura do acordo também se estabeleceu que haverá reuniões duas vezes ao ano. Uma mudança após Trump querer eliminar estes encontros.




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