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NOVO GOLPE DE TRUMP | Estados Unidos aprova lei que permite a venda de dados de usuários de internet

A nova lei que viola o direito à privacidade foi aprovada com 215 votos a favor e 205 votos contrários. Com isso, venderão a informação da localização e o histórico de buscas dos usuários.

quarta-feira 29 de março de 2017 | Edição do dia

A lei que permite às empresas vender os dados dos usuários de internet foi aprovada esta quarta-feira no Congresso dos Estados Unidos.

Com uma maioria de 215 a favor (todos republicanos) e 205 votos contrários (democratas e 13 republicanos) foi aprovada nos EUA uma lei que permite aos monopólios fornecedores de internet vender os dados dos usuários às empresas encarregadas de anunciar seus produtos em portais destacados como Facebook e outras páginas que vivem da publicidade.

Dados sobre as páginas visitadas, a localização ou os aplicativos baixados poderão estar a venda, salvo que o usuário peça expressamente para que não seja assim.

O tema das regulamentações dos provedores de internet doméstica e móvel tem gerado debate durante os últimos anos sob o governo de Obama; numerosos escândalos em que empresas como AOL, Microsoft e Sony (PlayStation) tem se valido de vazios legais para poder vender informação sobre os hábitos de busca e consumo na internet dos usuários para que assim empresas dedicadas à publicidade possam ter uma ideia sobre com quais tipos de publicidade podem nos bombear na hora de navegar.

Antes do dia de hoje, nos EUA as empresas estavam obrigadas a pedir permissão do usuário para poder vender seus históricos de busca, da mesma forma que informar sobre possível vulnerabilidade de segurança aos usuários com a finalidade de proteger a informação privada. Dados como as páginas que mais visita, sua localização, tempo que passa em certos portais e aplicativos baixados agora poderão estar a venda, salvo que o usuário peça expressamente para que não seja assim.

Sem a consulta de organizações civis dedicadas a temas de liberdade de expressão nem de especialistas nestes temas, os republicanos deram um duro golpe na intimidade das pessoas, não só para beneficiar as grandes empresas que, não é segredo para ninguém, estão detrás dos governos das potências mundiais; senão também para facilitar o acesso a estes dados aos diferentes grupos repressores do estado como a polícia, exército e agências de segurança.

Segundo os republicanos defensores desta lei, agora empresas como Comcast e Verizon terão a mesma vantagem que Google e Facebook na hora de competir, em termos de marketing. Contudo, associações em defesa dos direitos civis tem expressado sua preocupação, pois dados íntimos como as crenças religiosas, localizações, preferências sexuais, inclinações políticas e estados de saúde ficam totalmente nas mãos das empresas.

Depois da aprovação desta lei, a qual se espera que Trump assine nos próximos dias, se descarta por completo as políticas, já deficientes, de proteção de dados aprovada no governo de Obama (período igualmente famoso por escândalos de venda de dados e espionagem governamental a civis) e dá um passo a uma espionagem e comercialização descarados, próprio da era de Donald Trump.

Tradução: Daphnae Helena




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