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CRISE NA VENEZUELA | Estado Venezuelano reduz dois dias de trabalho da administração pública devido ao racionamento de energia

Nas primeiras horas da noite desta terça-feira,26, o vice-presidente da Venezuela, Aristobulo Istúriz, declarou nas quartas e quintas-feiras, não haverá expediente para os funcionários da administração pública, como medida para evitar colapso operativo na principal hidrelétrica do pais, a Guri Dam.

quinta-feira 28 de abril de 2016 | Edição do dia

Nas primeiras horas da noite, o Vice-presidente da República, Aristóbulo Istúriz, que às quartas-feiras e quintas-feiras serão dias de recesso administrativo para os servidores públicos, como medida para evitar o colapso operativo em Guri, o maior complexo hidroelétrico venezuelano e que abastece 60% do consumo do país. Ao mesmo tempo anunciou que as unidades escolares não abrirão suas portas às sextas-feiras, para contribuir com as medidas restritivas do serviço elétrico.
Há pouco tempo do anúncio do Vice-presidente, o presidente Nicolás Maduro detalhava medidas de racionamento de energético 3 dias de recesso administrativo para os servidores públicos, a administração pública se manteria aberta pelo menos dois dias da semana.

Por si faltava pouco, em meio às crises políticas que vive o país, e uma crise econômica opressiva que transforma a vida do povo trabalhador numa vida insuportável e angustiante, uma crise de energia elétrica faz o governo impor uma racionamento energético severo.

Passaram-se 6 dias, desde o último pronunciamento do ministro da Energia, Luis Motta Dominguez, que declarou que para fazer frente à seca da represa de Guri, se aplicou um arrocho “forçado”, com cortes programados em todos as famílias e em todas as cidades do país, exceto em Caracas, capital da Venezuela. O plano consistia num acordo com as declarações do ministro de “que cada usuário tenha suspensão temporária (de serviço de fornecimento elétrico) de quatro horas diárias, que durará aproximadamente 40 dias, apenas se nesse meio tempo, em Guri, a represa deixar de cair o seu nível e tornar a se recuperar”.

Como já tínhamos informado nesse diário, também como parte das “poupanças energéticas”, o governo decidiu na semana passada, adiantar a partir de maio, 30 minutos o fuso horário, declarar recesso em toda Semana Santa e não somente nas quintas e sextas, dias da semana como tradicional, também se reduziu a quatro dias a jornada de trabalho do setor público, limitando para 5 horas e meia o horário de trabalho em determinados setores, tendo agora, um setor público trabalhando dois dias da semana e apenas uma tarde.

O governo de Maduro deduz que os “problemas dos serviços elétricos” devido às consequências das fortes secas e do aumento do consumo, que não deixa de ser verdade, mas trata-se apenas de uma meia verdade. Depois que isto era previsível, e que se vem sofrendo há pelo menos seis anos, e quando inclusive se sabia dos problemas que se aproximavam. O problema central é a deterioração das velhas estações,a ausência de investimento em infraestrutura, assim como a corrupção que se faz presente no caminho da distribuição de energia e que se “perde”- e assim, a energia elétrica “baixa para o nível problemático”.

De acordo com os últimos dados disponíveis, Venezuela consume um pouco mais de 15.000 Megawatts (MW) de energia, que dos quais são mais 70% é oriundas da energia hidroelétrica, produzidas em um sistema de represamento e geração de alto Caroní, principal rio da Venezuela. Aqui salta a vista um problema básico: somos um pais altamente dependente de uma unica fonte energética (a hidroelétrica), com pouco desenvolvimento de fontes termoeléctricas e outras.

Inclusive em quesito de energia hidroelétrica somos dependentes especialmente da Guri, e sem novos sistemas de represamento e geração desenvolvidos. Ademais, as poucas usinas termoelétrica que existem no país como Tacoa, Plantacentro, etc, estão operando baixos por centos de suas capacidade, e refazer o sistema de distribuição de energia estão muito deterioradas por falta de manutenção

Este é o primeiro grande problema estrutural da situação elétrica nacional. Logo teremos a terrível falta de investimentos em manutenção e dos projetos de desenvolvimento tana na IV Republica ou com a V Republica. Os problemas de manutenção marcam a mais de 15-25 anos, e dizer comprometer os governo de Carlos Andrés Pérez, Rafael Caldera, Hugo Chávez e agora Maduro.

Porém a questão de fundo é que a crise elétrica, não expressa outra coisa senão a incapacidade do Chavismo de desenvolver a forças produtivas de maneira planificada e integral, por mais que se encha a boca falando de um suposto “desenvolvimento nacional” e deixando de ser um “país rentável”. Como é possível que um país que vive da exportação de energia e que tem imensos recursos, esteja a mercê da falta de chuvas e onde o governo raciona forçadamente a eletricidade e somente aumentando as novas penúrias do povo?”.

Se o povo que está sofrendo com a profunda crise econômica que nos é descarregada sobre nossas costas, a que se soma com a grande escassez de produtos de primeira necessidade, os racionamentos de água, e onde os salários sofrem com uma inflação galopante, este governo agora que nos força a racionar eletricidade, e todas consequências que isto traz contra o povo. Ou seja, basta que os trabalhadores e povo pobre sigam pagando pela crise.




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