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VIOLÊNCIA DO ESTADO | “Era pra esse país tá pegando fogo hoje”, diz Emicida sobre assassinato pelos militares no RJ

Hoje (9) o rapper Emicida publicou em sua conta pessoal do Twitter uma declaração de indignação acompanhada por um vídeo em que aparace em seu programa na GNT, “Papo de Segunda”, complementando essa fala, no qual discute sobre o genocídio dos negros cometido pelo Estado, além da cobrança de se fazer algo frente a isso.

terça-feira 9 de abril de 2019 | Edição do dia

Isso acontece após o fuzilamento por 80 tiros cometido por militares num carro em que uma família negra estava a bordo, quando estavam indo para um chá de bebê, resultando na morte de Evaldo Rosa dos Santos, em frente aos seus parentes dentro do carro, no último domingo, e ao silêncio do presidente Jair Bolsonaro, o principal apologista da violência policial no país.

Sua declaração nos diz muito a respeito da atual circunstância. O Estado é responsável por esses 80 tiros, tendo em vista que tal barbaridade advém da política racista e genocida, através do melhoramento de condições de repressão, por parte da polícia e do Exército, políticas que são anunciadas com toda convicção possível por parte de figuras como Jair Bolsonaro, Wilson Witzel e Sérgio Moro.

Soma-se isso ao fato desse episódio não nos dar nenhuma garantia de que a justiça poderá ser feita por Evaldo e sua família. Esse caso será investigado pela própria categoria que comete essa atrocidade cotidianamente, os militares e sua justiça militar, enquanto a justiça “civil” é a mesma que está há 1 ano sem nos dar uma resposta pelo assassinato de Marielle Franco.

O próprio governador faz parte dessa casta do judiciário que propaga arbitrariedades no teor mais reacionário possível, como já tinha declarado em sua campanha, “A polícia vai mirar na cabecinha e… fogo”, legitimando ações violentas como essa.

Sérgio Moro também acentua esse caso, através de seu pacote “anticrime”, em que, dentre tantas partes desprezíveis, podemos destacar a causa de “excesso decorrente de escusável medo, surpresa ou violenta emoção” como garantia de impunidade a policiais ao matar civis. Esse pacote nada mais do que simboliza e poderá fortalecer ações com essa, através da implementação das forças repressivas e genocidas do Estado.




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