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Entrevistamos Wilson, Quilombo Raça e Classe e Regina, Movimento Negro Unificado

domingo 21 de junho de 2015 | 00:30

Entrevistamos Regina Lucia dos Santos, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU) há 20 anos e que compunha a mesa de abertura do I Seminário de Negros e Negras da USP, para sabermos suas primeiras impressões e perspectivas do Encontro.

“Eu vim pro Seminário com a expectativa muito menor do que o que eu encontrei. Encontrei um número de negros e negras de vários lugares do Estado e do Rio de Janeiro. Isso me deixou muito feliz. E eu espero que o Seminário dê conta, por que o tempo sempre é curto, de discutir todas as questões, porque são muitas as frentes de atuação. Nós temos que atuar desde as questões micro, até as questões internacionais como a desocupação do Haiti e outras questões. Mas eu acho que hoje temos uma coisa muito forte colocada pra gente que é a questão da redução da maioridade penal, que nós temos que fazer alguma coisa, por que isso, na verdade, é mais uma efetivação do que já vem acontecendo na prática, que é o genocídio da população negra de várias formas, desde a bala da polícia, AIDS, não acesso à educação de qualidade, trabalho, alimentação e mais uma série de coisas. Então, é muita coisa que a gente tem que discutir. Que o Seminário seja um primeiro passo!”

Entrevistamos Wilson Honório da Silva, integrante do Quilombo Raça e Classe e um dos fundadores do Núcleo de Consciência Negra (NCN) da USP, que também compunha a mesa de abertura do I Seminário de Negros e Negras da USP, para sabermos suas primeiras impressões e perspectivas do Encontro.

“Como eu disse na mesa de abertura, a realização desse Seminário é um momento histórico na luta de negros e negras da USP. Não só pela realização dele em si, mas até pelo momento em que ele acontece. Nós estamos em uma semana onde a situação está, literalmente, branca, com a aprovação da redução da maioridade penal, no momento em que os ataques racistas acontecem nos EUA, no Brasil, com os imigrantes europeus. Então, para nós, que somos um pouco mais antigos nessa luta, a realização desse Seminário é a garantia de que o povo negro, de que a juventude negra da USP está se organizando não só para combater o racismo dentro da própria Universidade, mas também pra levar essa luta para fora da Universidade. O I Seminário de Negros e Negras da USP dá a possibilidade para organizar os estudantes não só para combater aquilo que é histórico nessa Universidade, que é a exclusão dos negros não só da vida acadêmica mas da própria produção social da Universidade. Então queria dar os parabéns! Com certeza aqui está se construindo mais um pedaço do Quilombo socialista que precisamos construir no Brasil!”




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