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JUVENTUDE | Entidades estudantis seguem separando a luta dos estudantes e dos trabalhadores

As entidades estudantis UNE e Ubes afirmam que as manifestações chamadas para esse dia 30 não possuem teor contra ou a favor do governo de Bolsonaro e só dizem respeito à luta pela educação.

quarta-feira 29 de maio de 2019 | Edição do dia

Depois do último domingo (26) que reuniu em atos os apoiadores do governo de Jair Bolsonaro, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Secundaristas (Ubes) declaram que as manifestações convocadas para esta quinta-feira (30) não devem ser encaradas como diretamente opostas às manifestações pró Bolsonaro, porque essa luta dos estudantes teria como pauta apenas a defesa da educação e não um caráter contra o governo.

Essas entidades seguem separando a luta contra os cortes na educação da luta contra a reforma da previdência, isolando essas pautas e não exigindo das centrais sindicais que sejam convocadas paralisações para esse dia 30. Nós do Esquerda Diário e da juventude Faísca viemos batalhando para que a greve geral dos trabalhadores de 14 de junho fosse adiantada para o dia 30, para unificar as lutas, o que não vai se concretizar porque as centrais sindicais mantiveram a mobilização apenas para junho e as entidades estudantis não só não fizeram a exigência da unificação, como estão convocando as manifestações de modo mais formal, abrindo a possibilidade de esse dia 30 ser menor que o dia 15 de maio.

Parte das razões de não se combinar a força explosiva da juventude, que protagonizou uma massiva mobilização no dia 15 de maio, com a potência dos trabalhadores de barrar os ataques do governo é o fato de que partidos como PCdoB e PT, que dirigem as entidades, estão no congresso e pretendem articular a aprovação de uma reforma da previdência desidratada, diferente da reforma de Bolsonaro, mas que ainda impõe perdas à classe trabalhadora, fazendo com que quem pague pela crise capitalista seja mais uma vez os que não a criaram. Nesse sentido, a separação das duas lutas é uma política consciente de não expressar a indignação da juventude também com a reforma da previdência.

Por isso se faz tão fundamental a auto-organização dos estudantes e dos trabalhadores, com um comando nacional, com delegados eleitos pela base, a partir de assembleias em cada local de trabalho e estudo, para que seja possível tomar a luta nas nossas mãos, superando os entraves que as direções estão colocando. Devemos tomar a luta em nossas mãos, unificando as pautas nesse dia 30 em uma só luta e para que a greve geral do dia 14 imponha uma derrota definitiva ao recente pacto firmado entre Bolsonaro, o Centrão e o STF pela reforma da previdência.

Garantindo que a voz dos trabalhadores e dos estudantes possa se expressar e colocar de pé um eficiente plano de lutas e que esses tenham poder de decisão, que não permita nem os cortes na educação, nem a aprovação de qualquer reforma da previdência. Apresentando uma alternativa operária e popular, atacando o lucro dos capitalistas e impondo o não pagamento da dívida pública que constrange a economia do país saqueando as riquezas para os bolsos dos grandes banqueiros e capitalistas do mercado financeiro internacional.

Esse ano, do dia 10 à 14 de Julho será realizado o 57° Congresso da UNE que reunirá os delegados de diversas universidades do país para debater os rumos do Movimento Estudantil no marco de um governo de extrema direita como Bolsonaro.
Nesse sentido, nós da Juventude Faísca lançamos nossa Tese onde iremos disputar as eleições de delegados nas diversas universidade que estamos no país. É parte fundamental, para que o Movimento Estudantil possa cumprir um papel histórico aliado aos trabalhadores por uma alternativa independente à crise capitalista e à esse governo, que retomemos nas mãos dos estudantes essa entidade que se encontra hoje nas mãos dessas burocracias do PT e da UJS que buscam desviar as lutas para garantir seus privilégios.

Chamamos todos a conhecerem nossa tese e nossas batalhas pela democratização do Movimento Estudantil nas universidades e através do Esquerda Diário, que também ajudamos a construir.




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